sexta-feira, 9 de julho de 2010

O vómito côr-de-rosa


No Portugal do governo Sócrates os embaraços são como as cerejas. Pega-se numa coisinha sem importância e vêm uma data de trapalhadas agarradas.

Peguemos, por exemplo, nos aviõezinhos, recapitulando.

Durante anos, os municípios de Porto e Gaia proporcionaram um espectáculo de acrobacias sobre o Douro, a chamada Red Bull Air Race. Pagaram o menos possível, entregaram o risco a um promotor privado, e anualmente cerca de 1 milhão de pessoas gozou 3 dias de emoções junto ao rio.

Chegaram então os socialistas. António Costa, presidente da Câmara de Lisboa - a mesma onde os prédios caem, os edifícios públicos não são recuperados em violação da lei, onde a Emel explora um espaço público e consegue ter prejuízo, a mesma Lisboa suja, com problemas por resolver de asseio, estacionamento e trânsito - lançou um olhar invejoso sobre a Race e decidiu trazê-la para Lisboa. Fê-lo como os socialistas sempre fazem: oferecendo muito dinheiro (nosso, claro) e envolvendo amigos, ou seja, o Turismo de Portugal.

Resultado: esta semana, a Red Bull cancelou a Air Race por atrasos das autoridades camarárias e do Turismo de Portugal. Este Turismo de Portugal, de Luís Patrão, bom amigo de Armando Vara, é o mesmo que exigiu como depósito da recentemente falida agência de viagens Marsans, não os 5% do seu negócio como manda a lei, mas apenas 1/10, tendo como resultado que os cidadãos lesados não têm meio de se ressarcir. Mas no Portugal socialista é assim, a gente deve tudo ao Estado e o Estado deve-nos o grau zero de competência. Este Turismo de Portugal é ainda o mesmo que decidiu agora concentrar os seus investimentos publicitários (dinheiro nosso, outra vez) na Controlinvest de Joaquim Oliveira, que foi fiel a Sócrates na PT, e cujos orgãos de informação (DN e TSF) são fãs incondicionais dos socialistas.

Resta saber que grau de podridão precisa de ter este caldo para que, finalmente, os portugueses o vomitem.

José Mendonça da Cruz

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