terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

O SÁBIO


" Aquele que conhece os outros é sábio.
Aquele que se conhece a si mesmo é iluminado.

Aquele que vence os outros é forte.
Aquele que se vence a si mesmo é poderoso.

Aquele que conhece a alegria é rico.
Aquele que conserva o seu caminho tem vontade.

Sê humilde, e permanecerás íntegro.
Curva-te, e permanecerás ereto.

Esvazia-te, e permanecerás repleto.
Gasta-te, e permanecerás novo."

O sábio não se exibe, e por isso brilha.
O sábio não se faz notar, e por isso é notado.

O sábio não se elogia, e por isso tem mérito.
E, porque não está competindo,
ninguém no mundo pode competir com ele."

Lao Tse

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

"A História do Sr. Shi que Comia Leões"


A Dinastia Tang (618-915) é considerada o auge da cultura clássica chinesa. Foram aproximadamente 300 anos de uma sociedade caracterizada por uma vida urbana intelectual e esteticamente sofisticada. A produção poética do período surpreende pela quantidade e qualidade. A popular antologia Poemas completos da Dinastia Tang, compilada posteriormente, no século XVII (Dinastia Qing), por ordem imperial, contém aproximadamente 50 mil poemas, escritos por 2.200 autores, dentre os quais estão 190 mulheres – uma importante tradição feminina sempre existiu na poesia chinesa.
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De entre os nomes mais notáveis desse período de ouro da literatura universal, citam-se sempre Li Bai (Li Po), o grande mestre taoísta da poesia chinesa, e Wang Wei, um dos artistas mais completos de seu tempo – poeta e pintor de renome, mestre budista chan (zen). Na tradição feminina, destaca-se Yu Xuanji, monja taoísta e cortesã. O texto a seguir, é o exemplo de um tipo bastante praticado no período.

Era uma vez, um poeta chamado sr. Shi. Ele apreciava muito comer leões e vivia numa casa de pedra. Ele queria comer dez leões. O Sr. Shi visitava o mercado de tempos a tempos. Um dia, às dez horas, dez leões apareceram no mercado. E aconteceu que o sr. Shi acabara de chegar ao mercado naquele mesmo momento. O Sr. Shi viu que havia dez leões, e matou-os com flechas. O Sr. Shi pegou nos cadáveres e levou-os de volta para a sua casa de pedra. Mas a casa de pedra estava húmida, então o sr. Shi ordenou ao servo que secasse e limpasse a casa. Quando a casa ficou limpa, o sr. Shi começou a comer os dez leões que estavam mortos. Mas enquanto ele os comia, descobriu que os cadáveres dos dez leões mortos que ele tinha trazido eram, na verdade, cadáveres de leões feitos de pedra.

O Carnaval de Veneza


O Carnaval em Veneza sempre foi uma tradição.

João sempre idealizou participar naqueles bailes decadentes com falsos príncipes e princesas, ostentando trajes ricos, elaborados e sensuais, mas sobretudo o que o mais entusiasmava era poder estar escondido atrás de uma máscara e ser ele, roçar-se e rolar-se sem temores de ser insultado, por meio dos homens e dos rapazes e por uma vez fazê-lo com liberdade.

Esta era uma palavra que ele prezava muito e nos seus estudos, apesar de parcos, tinha sempre fixado a história dos países aonde se narravam lutas vitoriosas contra a opressão e a liberdade.

Sentia-se livre por dentro e desde novo, mesmo contra o desgosto dos pais, assumira que era diferente…dos primos, dos rapazes da rua, dos colegas de escola e gostava de ser mulher, efeminado, de coisas delicodoces e delicadas, de conversas de intriga e maldizer, de revistas com sedas e frufrus, de tudo quanto o fizesse sonhar.

Por isso, quando se vestia de dona, era disfarçado que gozava a sua liberdade. Maquilhava-se, pintava as unhas, tinha uma pele suave e cuidada e a boca ficava vistosa e garrida com os batons que usava.

Acabava sempre por passar o Carnaval em Loulé ou até já tinha ido a Torres Vedras, mas sem graça nenhuma…reles, com putos a insultá-lo:

- Ó bichona vê lá se te perdes com tanto homem nú, minha cadela! – e João, vestido de mulher sempre a rigor, com trajes que variavam de ano para ano e que tirava do baú de casa da avó, estremecia de tristeza com os epítetos que lhe dirigiam.

Animou-se, comprou um bilhete e ala para Veneza. Escolheu um tour numa agência de viagens conhecida de Lisboa que incluía a viagem, a estadia e o direito a um bilhete de acesso a um baile de máscaras num pallazzo de Veneza, com uma ida e volta de gôndola para o hotel! Uma fortuna tinha-lhe custado o pacote, mas rejubilava por se ter decidido!

Foi tudo pensado: alugou um vestido de dama antiga em seda e com roda em baixo, cheio de rendas e fitas e decotado no peito, uma máscara de strass de cores variegadas e na véspera da partida foi ao cabeleireiro com uma peruca loira que alugara, para que a penteassem em complemento do rico traje de Madame de Pompadour! Até encontrou uns sapatos de cetim cor-de-rosa no baú da avó, que ficavam a matar com umas meias de seda brilhantes que apareceriam, quando no baile mexesse as saias.

João embarcou no avião low cost e ficou logo enervado quando constatou que no seu voo para Veneza iam muitos portugueses que tinham, também, comprado o mesmo pacote na mesma agência de viagens.

Estava uma noite fria, João sentia-se divinal e irreconhecível no seu vestido de grande dama da corte e espraiava-se nas almofadas da gôndola, enquanto os gondollieri lhe dedicavam canções românticas.

Chegado às escadarias do palazzo, uma mão gentil segurou-o para saltar para o solo e vislumbraram-se uns sapatinhos de seda com meias de laçarotes a tocarem delicadamente a pedra dos degraus, por debaixo das suas saias com muita roda.

Champagne, música e rodopio de corpos, sedução de máscaras ricas e variadas e João sentia-se como no céu! Era tudo isto com que tinha sonhado!

Não sabia uma única palavra de italiano, mas com as faces rosadas com pó de arroz que deixava entrever de quando em vez por detrás da máscara de strass brilhante, saiam-lhe uns risinhos estridentes com que mimoseava uns e outros. E era correspondido!

De súbito, sente alguém puxá-lo para a dança e para o corropio, e arrastado com veemência para a pista cai nos braços de um mascarado de Doge de Veneza, que o aperta e tenta beijar.

Aflito e ao mesmo tempo encantado – sonhara um dia ter este tipo de epílogo – sai-lhe uma frase em português:

- Credo, que despropósito!

E qual não é o espanto quando o seu parceiro romântico, tirando a máscara lhe lança sem pudor para a cara, em bom português:

- Bem me parecia que havia um paneleiro que vinha no avião do tour!

MNA

domingo, 12 de fevereiro de 2012

O “Chaparral” e o Presidente da minha empresa chinesa, recém-chegado a S.Paulo


Na minha primeira “encarnação” de trabalho com chineses, o CEO era o filho mais novo da família da 2ª maior fortuna de Hong Kong. Tinha tirado um mestrado em engenharia nos USA e falava e escrevia um inglês perfeito. Demo-nos sempre muito bem e ficámos óptimos amigos e ao ter feito a minha tarimba em Hong Kong, comecei como project-manager e acabei como Administrador e fundador de um banco privado em Portugal.

O título desta crónica, refere-se a uma de milhentas histórias pitorescas e engraçadas passadas comigo nesta minha dedicação a um povo que breve e inegavelmente vai-se tornar num dos mais importantes do mundo.

Uma das muitas vezes que o referido CEO veio a Lisboa, (tinha várias reuniões com o Governo e com o Presidente da República, pois eu estava a tratar como administrador em Hong Kong destacado para Lisboa, da obtenção de uma licença para a constituição de um banco privado que efectivamente vim a obter e dirigir), fomos uma noite jantar a Cascais aonde ele gostava de comer marisco, nomeadamente lagostins fresquíssimos e de grande qualidade no restaurante “O Pescador”.

Vinham às grosas, ou seja aos 27 (fixei o número) de cada vez de tal maneira que enjoei durante meses marisco! Uma fartura, que custava os olhos da cara, sem contar com os vinhos que eram sempre do melhor, mas não era de facto um problema!

Nessa noite porém, quis comer frango e lá andei à procura de um “Rei dos Frangos”, mas acabámos por sugestão dele…imagine-se, a ir jantar a um restaurante chamado “Chaparral” que era por cima do pub “John Bull”.

Uma verdadeira porcaria, mas lá veio o dito frango que se comeu! Frango é frango e por isso não há muitas histórias a contar sobre se é de fricassé, corado, etc…tema que gastronomicamente não é excitante!

Durante a refeição entabulou constantes conversas com a dona, uma gordona gordurosa, muito provavelmente devido ao contacto com a especialidade do negócio, e servindo eu de tradutor fui percebendo que ele estava a ter um crescente interesse em adquirir o restaurante!

E era ele quem era e o que valeria o seu peso em ouro!

Perguntas sobre o volume de vendas, preço por asas ou pernas…de frango ( isto é graça), mas que fariam sentido se estivéssemos a tentar negociar a aquisição de um negócio financeiro ou industrial.

Acabou o jantar pedindo-me que eu lhe desse a morada do escritório da empresa em Lisboa e levou o cartão de visita dela!

Pensei a caminho de Lisboa, que era mais uma fantasia de chineses e nunca mais perdi tempo com o assunto!

Um dia, a minha secretária lá no banco veio dizer-me que uma senhora que se identificava como dona do restaurante “Chaparral” me queria falar para negociar a venda do restaurante….lembro-me que foi expulsa do banco, confesso que pouco caridosamente, aos gritos de “agarrem-me senão eu mato-a”…ahahaah

Pois bem, chegou hoje a S. Paulo a comitiva do Presidente chinês da minha empresa e instalou-se numa suite de um Hotel conhecido de 5 estrelas muito bem situado.

Com ele veio o Vice-presidente e um Advogado chinês de nacionalidade australiana que fala perfeitamente inglês e é o único traço de contacto linguístico entre mim e o Presidente bem como o Vice-Presidente.

Grandes abraços e muitos sorrisos e genuína satisfação de nos encontrarmos (esperei 8 dias aqui em Sampa, pela concessão dos vistos no Consulado do Brasil que não havia meio de chegarem a Pequim)!

Marcámos uma hora para nos voltarmos a encontrar na recepção para irmos jantar….e aonde, aonde?

Pois à Chinatown, havendo restaurantes tão reputados e da maior qualidade! Ala para a praça da Liberdade, uma das zonas do Centro da cidade (perto da cracolândia) menos interessantes e sem a menor graça!

Pára o táxi numa rua desconhecida com uns três restaurantes chineses inqualificáveis! Ainda tinha pedido a um amigo brasileiro, culto no mundo da restauração, que me dera o nome do “Chi- Fu” que parece que é bom!

Qual quê! Foi no terceiro restaurante, cheio de chineses aos gritos…forma de comunicarem, e aí ficámos! De 15ª ordem no Martim Moniz, em Lisboa!

Argumento que me silenciou: - deve ser bom, pois está cheio!

Só para acabar: há o hábito chinês de sobejando restos, levarem um “taipao” (caixa) para casa…neste caso para o dito hotel. Perguntaram-me se eu queria alguma coisa para a ceia, e eu agradeci muito bem educadinho e lembrei-lhes, que ao menos, levassem “pauzinhos” pois não queria imaginar o que seria pedirem ao room-service, qualquer coisa que servisse para comer comida chinesa na suite!

De repente lembrei-me do “Chaparral” revisitado!

sábado, 11 de fevereiro de 2012

No meio do caminho tinha uma pedra


No meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.



  Carlos Drummond de Andrade

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

mission Brasil - l'adieu au pays ce n'est pas pour toujours



"Tenta-te orientar pelo calendário das flores, esquece, por um momento os números, a semana, o dia do teu nascimento. Se conseguires ser leve, aproveita, enche tuas malas de sonho e toma carona no vento."

Fernando Campanella

no fio da navalha...a mudança necessária, urgente


Toda a mudança é para melhor. Ninguém muda para pior. Embora isto seja difícil de aceitar para muita gente, é uma evidência nos princípios da vida em sociedade.

A mudança é o prenúncio de que a vida tem que ir por diante. É o impulso fundamental da vida em si mesma.

Se as pessoas vissem isto, não teriam medo de mudar.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Uma tarde no Jockey Clube de S.Paulo



Fui sair a meio da tarde e tomar um copo ao Jockey Clube de S.Paulo, com uma amiga brasileira que me apresentou a um famoso jockey e à sua namorada argentina.

Quando estive no Oriente fui várias vezes a corridas no Jockey Clube de Hong Kong, em França a Longchamp, Auteuil e uma vez a Ascot. Gosto de apostar e na altura interessei-me por cavalos de corridas.

Sempre soube montar a cavalo e fi-lo muitas vezes e com gosto mas falar com um jockey revelou-se muito interessante e informativo.

Tomámos bebidas e ele falou-nos da sua vida e do que pensava sobre o seu mundo.

Em comparação com outros desportos, as corridas de cavalos são de longe o mais injusto e ingrato em termos de realizações profissionais.

O jockey para além de ter que contar com a sua habilidade, tem também que depender da disposição do cavalo, um ser vivo, para correr bem num dia e hora marcados. Na maioria das vezes o animal corresponde à expectativa, mas há também um dia em que o cavalo não rende mas sem a menor explicação plausível.

Nas palavras deste nosso amigo, a vida de um jockey é o que se pode chamar de uma ditadura profissional, pois o seu dia de trabalho inicia-se ao raiar da manhã, todos os dias, envolvendo-se em trabalhos matinais, montando vários animais e expondo-se aos riscos inerentes a este tipo de actividade, e nos fins de semana e feriados, ao contrário da grande maioria, o jockey tem uma árdua jornada de trabalho.

Em resumo, enquanto os outros descansam o jockey trabalha.

Como se não bastasse a sua dura profissão, o processo de decisão de inscrever um cavalo, garantindo-lhe a participação na corrida é um processo que muitas vezes roça injustiças gritantes.

Os jockeys trabalham os diversos cavalos na esperança de serem confirmados pelo treinador com o seu cavalo como o seleccionado oficialmente no dia da corrida, ocasião em que para além de participarem no espectáculo, tentarão obter a vitória e o merecido prémio monetário.

Ser jockey é uma profissão como outra qualquer e o prémio monetário é o meio de sustento das suas famílias.

Muitos jockeys, que não são famosos, dedicam todo o seu trabalho para provar, aos treinadores, que o cavalo está no ponto exacto de preparação para a corrida e assim conseguirem o tão esperado êxito.

Alguns animais são escolhidos pelo seu pedigree, o seu potencial de vitórias, inscrições em Grandes Prémios, provas realizadas, o Clube em que estão inscritos etc., ou posto de outra maneira, a chance de vitória é muito grande.

Um intenso trabalho de bastidores entra em cena e vários jockeys, incluindo os mais famosos, contactam com os treinadores ou com os proprietários, propondo-se para um determinado cavalo, em detrimento do jockey que trabalhou previamente o mesmo.

Não se pode em teoria classificar esta atitude como desonesta pois existe uma “mercadoria” em disputa (o cavalo) e um conjunto de profissionais a disputá-lo (mercado). Este “jogo” é a mais pura prova do funcionamento da lei da oferta e da procura.

À excepção dos jockeys que têm contratos exclusivos, os outros participam num “leilão” de oportunidades.

Uma vez efectuada a alteração de animal a sorte do esforçado jockey que fez tudo por aquele cavalo com hipóteses de vitória, é posta em questão e assim afastado.

Madrugou todos os dias, expôs-se ao risco de um acidente nos treinos, preparou o animal e no momento de se sentir compensado por todo este trabalho, é preterido por outro.

O raciocínio do proprietário é muito simples: o seu cavalo foi bem trabalhado por um jockey, corre e ganha com um outro, que é muito melhor.

Como os “jockeys famosos” montam uma maior quantidade de cavalos, e obtêm consequentemente um maior número de vitórias, o público rapidamente se esquece de uma má actuação do “famoso”, pois ganhará numa outra corrida.

Um jockey com poucos cavalos irá demorar até que volte a montar e o eventual fracasso será motivo para que seja olhado com desconfiança pelos treinadores e proprietários.

Alguns proprietários julgam-se “treinadores especialistas” e passam por cima dos verdadeiros conhecedores da matéria, os treinadores profissionais, e dão, sem fazerem a menor das cerimónias, instruções ao jockey, e ao obterem a vitória, obviamente o crédito é do “especialista”, e em caso de fracasso é atribuído ao jockey, seja famoso ou não.

Está provado de forma absoluta, segundo o nosso amigo, que nas corridas de cavalos é tudo uma questão de oportunidade.

E no final da conversa, a namorada argentina que era um espanto de bonita, sorriu e disse-nos se queríamos ir jantar a casa dela o que aceitámos de bom grado.

Amai-vos porra!


Seus amigos de verdade amam você de qualquer jeito.

Luís Fernando Veríssimo

domingo, 5 de fevereiro de 2012

A Alegria da Macacada (Crónicas de S.Paulo III)


Neste Domingo com um tempo lindo e um sol bem quente, fiquei uma boa parte da manhã lendo a imprensa local e as revistas que ontem tinha comprado, a VEJA e o ISTO É DINHEIRO com uma entrevista do Ministro da Fazenda, Guido Mântega, sobre como quer blindar a economia brasileira para acelerar os investimentos no País e garantir um crescimento de 4,5% do PIB neste ano, contra ventos e marés internacionais. Também fiz o download do EXPRESSO no iPad.

Não resisto porém a transcrever parte de um artigo que li no Estado de S.Paulo de hoje, Domingo. Recebo este jornal pendurado na porta do meu quarto a cada manhã, o que me permite estar actualizado localmente.

O seu autor, chama-se Humberto Werneck e foi o causador de umas saudáveis gargalhadas durante uns bons minutos. Espero que tenham o mesmo fair-play e que rejubilem com esta humanidade que, no meio de crises incríveis, ainda tem quem nos possa fazer rir.

O artigo chama-se : “ A Alegria da Macacada”!!

…Já falei do Jean-Luc Hennig, o intelectual francês que teve a pachorra de sentar-se para escrever exactamente a respeito daquela parte da sua anatomia que acabara de depositar sobre a cadeira junto da sua mesa de trabalho.

Embora o Jean-Luc seja professor de linguística, notabilizou-se mais por suas pesquisas de vanguarda, ou melhor, de retaguarda, tanto quanto a sua obra mais notória, publicada em Paris em 1995, segue sendo a ”Breve história das nádegas”.

Mesmo sem saber quanto da sua experiência se deve à teoria , haurida no ambiente monacal das bibliotecas, e quanto à prática, consolidada em talvez deleitosos trabalhos de campo, o Jean-Luc pode ser apresentado como o mais saliente bundólogo de que se tem notícia.

Sapiência essa que se assenta numa constatação óbvia porém genial, a que ele chegou sabe Deus em que circunstâncias: a bunda nem sempre existiu – foi preciso, conta o Jean-Luc, que um nosso ancestral, três ou quatro milhões de anos atrás, se pusesse de pé sobre as patas traseiras e nessa posição perseverasse, para que a parte posterior do seu lombo fosse aos poucos ganhando redondidades que vêm a ser a característica e, porque não dizê-lo, o atrativo-mor do derrière humano, sendo os miolos, esse par de hemisférios que nos distingue das 193 espécies de primatas que macaqueiam sobre a terra.

A iniciativa do revolucionário stand up, informa o Jean-Luc, nós a devemos ao Australophitecus afarensis, hominídeo que então abundava na Etiópia e Tanzânia. Quem sabe a própria Lucy, celebridade póstuma cujo esqueleto arqueólogos exumariam 3,2 milhões de anos mais tarde, em 1974.

Por que a Lucy se pôs de pé, nosso bundólogo não sabe dizer; a julgar, porém, pelo resultado final, não há dúvida de que foi uma grande ideia. Com o devido respeito ao imortal arquitecto e aos poderes da República, o invento bem que mereceria a homenagem de um Niemeyer que plantasse na paisagem, no Planalto ou alhures, não Câmara e Senado, mas dois Senados justapostos!

Não é absurdo concluir, literalmente por outro lado, que foi então que nasceu o apalpão bem como o hoje estigmatizado recurso pedagógico da palmada, vulgo estalada.

Surgiu também, na topografia do corpo humano, uma alternativa para a seringa da medecina.

Para não mencionar, claro, as labaredas que o duplo promontório recheado de glúteos veio atear na imaginação do Homo erectus.

A Lucy, na descrição de Jean-Luc, era uma anti-luxúria! Não media mais de 1,05m, nem o seu peso ia além dos 30 kg. Com tais dimensões, ela seria hoje comparável, na melhor das hipóteses, a um teratológico bonsai. Dificilmente provocaria em nós mais do que repulsa, com os seus braços enormes e suas pernas curtas, o rosto praticamente achatado, o crâneo reduzido e os olhos esbugalhados!

No dizer de um amigo meu, faleciam-lhe nádegas, como hoje as conhecemos!

E nem o seu incipiente bumbum devia ser dos mais convidativos: até que o tosco traseiro do hominídeo viesse a ser mostrado nas maravilhas que vemos saracotear por aí, a natureza demandaria um bom milhão de anos – melhor esperar sentado, terá rosnado algum daqueles Australophitecus afarensis,talvez o marido da Lucy.

É certo, em todo o caso, que entre a desbundada macacada havia quem apreciasse semelhante visual – do contrário, aqui não estaríamos, o Jean-Luc e eu, no atual estágio da evolução da espécie, para lhe contar a história das bundinhas.

O Zé do Pé (Crónicas de S.Paulo II )


Os Chineses em geral têm uma verdadeira veneração pelo poder. Quem está no poleiro, seja bom ou mau, merece o respeito cego de empresários e do próprio povo.

Há uma incoerência grande entre a tradicional indiferença e frieza da personalidade dos chineses e esta subserviência saloia e disparatada.

Por isso, muitos ocidentais tentam impressionar os seus potenciais alvos chineses, com apresentações a presumíveis ou fictícios agentes do poder.

Como na maior parte dos casos tudo se passa através de intérpretes/tradutores, desde logo se imagina o nível de fraude e de abusos a que estas situações se prestam.

O inolvidável Nacib da saudosa telenovela “Gabriela”, que mais não era do que um 3º secretário, personifica tantas vezes a mistificação a que se prestam personagens medíocres a troco de algum cobre!

É aqui que entra o nosso Zé do Pé, cujo nome verdadeiro era o de José Paulo Freire.

Tinha uns estudos vagos e uma apresentação sofrível e já adiantado na vida, sobrevivia intermediando alguns parcos negócios que lhe davam para viver.

Walter Moreira Sales foi um empresário brasileiro, banqueiro, Embaixador e Advogado e fundador do Unibanco.

Conhecido pela discrição, educação rebuscada, bom humor e charme, o Embaixador tinha muitos amigos famosos, e morreu aos 88 anos em 2001, em Petrópolis, no Rio.

Um dia, num restaurante famoso, estava numa mesa Walter Moreira Sales almoçando com gente ilustre e noutra ponta o nosso Zé do Pé com um grupo de empresários mineiros a quem pretendia vender uma fazenda.

Não estava a conseguir os seus intentos, pois os potenciais compradores estavam desconfiados.

Num gesto teatral, levantou-se e avançou resoluto para a mesa de Walter Moreira Sales. Não se conheciam mas o nosso homem, sem a menor hesitação, numa voz muito formal e humilde pediu desculpa de o incomodar e disse-lhe da admiração que sentia por ele, sendo tal que não tinha resistido a vir cumprimentá-lo.

O Embaixador, homem cortês e amável, agradeceu e perguntou-lhe o que fazia na vida, tendo o Zé do Pé respondido que de manhã se levantava pelas 11h, arranjava-se, tomava o pequeno-almoço, saía, dava umas voltas, bebia uns cafés e uns copos em várias tascas e bares com amigos que ia encontrando e avançava para o almoço.

E á tarde? – perguntou com curiosidade, Moreira Sales.

- Saiba, V.Exª que á tarde o ritmo desacelera muito! – respondeu José Paulo Freire, seguro de si.

E acrescentou:

- Se o Sr. Embaixador me permite que ouse, ficava-lhe muito grato se me fizesse um grande favor. Estou com dificuldades em convencer uns empresários mineiros a transaccionarem uma fazenda que eu intermedeio e cujo produto da venda muito me convinha. Se à saída, o Sr. Embaixador, de longe, me acenasse e dissesse – Adeus, Zé! – seria de uma grande ajuda para a conclusão do negócio, estou certo!

Walter Moreira Sales, respondeu-lhe com bonomia e disse-lhe que podia contar com o favor que lhe pedia, pois o faria com o maior gosto.

Quando o nosso homem regressou à mesa, os mineiros mudaram de atitude e passaram a ouvi-lo com mais atenção e perguntaram-lhe o que tinha estado tanto tempo a falar com um personagem tão importante como o Embaixador Sales.

Respondeu-lhes que tinha estado a fechar uma operação difícil que requereu uma certa influência da sua parte, pois Sales estava renitente.

Ao sair, Walter Moreira Sales, lembrou-se do pedido e resolveu melhorá-lo, avançando para o Zé do Pé e pondo-lhe as mãos nos ombros. Disse-lhe se assim estava bem e se queria mais alguma coisa ao que ele respondeu com um ar enfadado e sacudido:

- Por favor Sales, desande e não me encha mais o saco, pois já falámos tudo o que tínhamos que falar!

Sabe-se que o outro, por ser inteligente e bondoso, saiu divertido do restaurante!

Estou a precisar de um Zé do Pé, URGENTE…please!

sábado, 4 de fevereiro de 2012

"Vamo dar uma salva de palmas a Jêsúis" (Crónicas de S.Paulo I)


Adoro os meus Sábados de manhã em S.Paulo.

Começo por acordar tarde, depois vou tomar o café-da-manhã, que neste caso é excelente porque é um buffet muito completo.

Estou hospedado no Hotel Mofarrej (Tivoli) na Alameda Santos, em pleno bairro dos Jardins, o melhor quartier, na minha modesta opinião.

Esta Alameda Santos, para quem não saiba, é paralela à Av.Paulista, que está cada vez mais animada.

Há uma enorme sucursal, nem sei mesmo se não é a loja principal da Livraria Cultura que é um landmark de S.Paulo. Moderníssima (era um antigo teatro ou cinema), com zonas de estar e de lazer para ouvir cds, ler livros, uma cafetaria, em desníveis, com um pessoal atenciosíssimo e com um conteúdo de grande variedade e actualidade.

Um must de S.Paulo! Gasto lá sempre o coiro e o cabelo, moderadamente, claro, pois os tempos não estão para tropelias!

Comprei três livros com destinatários bem identificados: dois dos meus sócios e eu próprio, com a condição de nos emprestarmos mútuamente, uma vez lidos!

Foram eles: Paris – Quartier Saint-Germain-des-Prés por Eros Grau. Do que folheei pareceu-me super interessante, sobretudo para quem, como eu adoro Paris. Há sempre novas descobertas a fazer!

Um outro que é tipicamente brasileiro : o X da questão, pelo Eike Batista e trata da trajectória do maior empreendedor do Brasil. A ver se pega para os nossos negócios!

Finalmente um livro de um autor de que já tinha lido outras obras sobre outros assuntos e que me agradaram, tais como “ A arte de viajar” que é sublime, ou “How Proust can change your Life” um livro notável, “As consolações da Filosofia” , e que é Alain de Botton.

O livro adquirido chama-se “Religião para ateus” em que num ápice, tentar provar a não existência de Deus pode ser uma actividade divertida para ateus!

Ontem à noite fui para a farra com um grupo de amigos portugueses de S.Paulo e esta manhã, tinha um convite da Administração do Hotel para comparecer no penthouse com uma vista deslumbrante, aonde haveria um evento patrocinado pela BRAMA, com tee shirt e tudo, e com uma feijoada que prometia ser divinal…hélas…as consequências da véspera foram devastadoras e tive que comprar Imodium, if you know what I mean, escusando-me gentilmente! Teria sido uma hecatombe!

Cava espanhola, tapas de maravilha tudo num novo bar na Óscar Freire e depois saltos aqui e ali e uma ida até uma discoteca da moda, ouvir boa música. Tudo boa onda…

A explicação para o título desta crónica está no que presenciei esta manhã na Av.Paulista e que não resisto a contar e que revela os contrastes deste povo inigualável!

Em pleno passeio, um grupo de rapazes com umas tee shirts iguais, rodeavam um ”negrinho” moço, com boa pinta, ar doce que estava com a cabeça curvada.

Um do grupo, invocava Deus e propiciava-lhe todas as graças e bênçãos possíveis de arrematar…e no fim (eu estava discretamente observando) fizeram-lhe um convite para aderir a uma igreja qualquer.

E de repente, de alegria pelo assentimento e entrega, ouve-se em voz alta, um deles exclamar: “ Vamo dar uma salva de palmas a Jêsúis”. E deram!

Desatei a rir e basei rapidamente, não fosse ser aliciado também…com a minha tez alva, daria um bom bispo Edir!

Entretanto passava imune à virtude, uma moça de fazer parar o trânsito, bamboleando sua saia curta numas gloriosas nádegas roliças e atrevidas…sem falar nos peitorais! Cara muito melada!

Amanhã, há mais! Outra história divertida sobre o Zé do Pé!

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

O Brasil oferece isto tudo


Para um líder ser vencedor em novos negócios, aumentar a produtividade e a rentabilidade de equipas que queira contratar, desenvolver a qualidade e contribuir para um mundo melhor, é preciso saber superar alguns desafios:

Desenvolver a visão de curto, médio e longo prazo

Precisa de ter uma visão encorajadora do futuro, realista, com premissas de timing e de números. Poderá inspirar e mobilizar a equipa através desta visão mas para isso, é preciso que mantenha uma comunicação frequente e constante com a equipa.

Orientar-se para a obtenção de resultados através das pessoas

Além de ter uma visão, é necessário criar estratégias que envolvam as pessoas para a obtenção de resultados relevantes. Muitos profissionais que ocupam cargos de liderança falham por dedicarem a maior parte da sua atenção apenas com metodologias e números, esquecendo-se de que as pessoas têm aspirações e necessidades.

Ter um sentido da realidade

Deve perceber que a equipa, os desafios, a empresa, os clientes e o mercado nunca são nem serão como ele gostaria que fossem. Portanto, encarar a realidade e fazer o que é preciso ser feito para o sucesso nos negócios são características fundamentais de um líder orientado para resultados.

Manter-se flexível

A flexibilidade ajuda a fazer o que for preciso para alcançar os resultados esperados. Caso seja preciso mudar de rumo, treinar a equipa de uma forma diferente, ou até mesmo, colocar a “mão na massa” para solucionar um problema, é estar preparado para modificar o caminho até ao cumprimento dos objectivos.

Reconhecer a equipa

Sabe-se que grande parte das reuniões de trabalho tem como finalidade tratar de problemas ou apresentar um rumo. O verdadeiro segredo de uma equipa de sucesso é a frequência e a forma como um líder comunica feedbacks positivos.

Contratar quadros com qualidade

Infelizmente, muitos profissionais têm a tendência de contratar profissionais para a sua equipa baseada em critérios de simpatia ou afinidades sempre com a expectativa de que será o profissional certo para o cargo, porém, nem sempre é isso o que acontece. O ponto essencial de uma contratação é ter muito claro qual o tipo de profissional necessário e qual é o perfil comportamental ideal deste futuro quadro.

Assumir as responsabilidades

Aconteça o que acontecer, o líder tem que assumir sempre a responsabilidade pelos resultados.

Ter uma liderança caso a caso

Existem momentos em que o líder tem que dizer o que fazer e existem outros em que tem que apoiar os seus quadros a serem autónomos.

O verdadeiro líder é aquele que incentiva os quadros da sua equipa a “brilharem”, a desenvolverem-se constantemente e, principalmente, a consciencializarem-se do seu importante papel no sistema aonde estão inseridos.

Para se aumentar a competitividade a nível global é preciso perceber a importância de formar e utilizar pessoas chaves, ou seja, profissionais em cargos de liderança que serão os líderes empresariais de novos Grupos económicos.

O Brasil oferece isto tudo!

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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Os negócios de sucesso e as grandes organizações de todo o tipo, estão sempre “gulosas” por talentos!



A evolução da economia, tecnologia e dos negócios em Portugal tem vindo a alterar radicalmente o mundo do trabalho. Porém, não é só uma nova procura de mercado para profissionais talentosos que aumenta, mas também o papel dos profissionais de recursos humanos que são chamados a rever os seus processos de selecção e de prestação de serviços.

Neste clima de mudança, penso que a carreira profissional é um dos mais importantes factores na vida de um quadro. A função certa na carreira própria, concede uma paz de espírito e permite um sentimento de realização e de cumprimento de uma missão pessoal. A função certa com a compensação pecuniária apropriada permite a subsistência do próprio, da família e uma visão de futuro.

São necessários, mais do que nunca, instrumentos sofisticados de análise de carreiras e de colocação em empregos desafiantes e apetecíveis.

Hoje em dia, as empresas devem promocionar-se por uma forma eficiente para sobreviverem. Por outras palavras, uma empresa bem sucedida deve posicionar o seu produto correctamente, direccioná-lo para o mercado certo e criar-lhe a imagem apropriada. Deve apresentá-lo num “package”, com o respectivo preço e promoção atractiva para manter a competitividade. A expressão “marketing” incorpora todos estes conceitos.

Tal como as empresas no mercado, um profissional deve estar correctamente posicionado, com uma avaliação exacta do que vale.

Muitos quadros ainda se encontram em posições profissionais em que falta a adequada recompensa, satisfação, desafio ou um futuro.

Muitas pessoas, simplesmente, caíram na rotina. Ficaram demasiado tempo em posições laborais nas quais não se encontram nem realizados ou a crescerem. Falharam no desenvolvimento do seu máximo potencial por causa de dificuldades e riscos envolvidos na mudança de emprego. Muita gente falha ao não ver os sinais de perigo quer nas suas próprias empresas ou sector. Não antecipam os problemas ou planeiam o futuro. As pessoas estão sempre à espera da “oportunidade certa” e mudam mais facilmente para situações que lhes ofereçam uma melhoria, sem contudo pensarem se serão verdadeiramente capazes ou competentes.

Por que as pessoas são inexperientes em encontrar melhores situações profissionais, podem muitas vezes tornarem-se passivas sobre progressões nos seus empregos. Acontece que com frequência, ansioso por encontrar algo melhor, o que em breve se vai tornar desempregado, aceita uma posição inferior à qual seria capaz de desempenhar. Algumas pessoas não planeiam as suas procuras de novos empregos quando têm uma sólida situação; mais tarde é sempre precipitado. Acabam por estar fragilizados e numa posição mais débil quando contactam com novos empregadores.

Uma coisa é certa: homens e mulheres com experiência especializada, formação, e sucesso comprovado têm sempre procura no mercado das melhores empresas!

Os negócios de sucesso e as grandes organizações de todo o tipo, estão sempre “gulosas” por talentos!

As pessoas encontram dificuldades nas suas buscas de novas oportunidades nos seus empregos, por causa de uma ou mais destas razões:

a) falta de conhecimento das oportunidades dentro do seu próprio sector;
b) falta de conhecimentos sobre os seus próprios talentos e experiência e de como e aonde fazerem a respectiva promoção;
c) Incapacidade de desenvolver um plano de acção;
d) Desconhecimento para negociar com sucesso uma gama salarial alta e mais favorável bem como de contratos compatíveis com as suas funções e capacidades;

É uma frase conhecida afirmar “ Executivos e quadros altamente bem pagos são especialmente ineptos para procurarem uma progressão nas suas carreiras. São “amadores” e ineficientes nas suas buscas para novas posições”.

As pessoas não compreendem que independentemente do seu nível de sofisticação, nunca foram ensinadas a promoverem-se a si próprias ou a gerirem as suas carreiras. Os “patrões” nunca ensinarão aos seus quadros como ganhar mais e ter um melhor emprego noutra empresa.

Deixo para reflexão dos interessados em planearem um novo futuro, estas simples mas verdadeiras considerações:

a) Controle o seu próprio destino, ou alguém o fará por si;
b) Encare a realidade tal como ela é e não como era;
c) Mude antes que tenha que;
d) Se não quiser dar-se a si próprio uma oportunidade de um novo desafio, não perca tempo em tentar ser competitivo.

MNA