quarta-feira, 30 de maio de 2012

What a terrible afternoon Ma'am!



Your Majesty,

What a terrible afternoon!

In one hand the lads were eating the cake with their mouth opened, and in what regards the horns it just happens to everybody, Ma'am!

terça-feira, 29 de maio de 2012

feelings daqui e dali

Em ar de nada apetece-me hoje falar de vários apontamentos soltos. Aqui vão:

- se no aceso de uma discussão, se conseguisse medir o que se causa de desgaste no outro e em nós próprios, estou certo de que saberíamos evitar uma valente perca de tempo. Muitas vezes, a substância da argumentação é a mesma, só muda a abordagem, os orgulhos feridos, o cansaço acumulado, os defeitos de toda a vida para os quais se vai perdendo energia de combate, ansiando por paz e tantas vezes silêncio.

- gosto cada vez mais do silêncio, no meu caso do interior, pois pode-se pensar, repousar os fatigados ossos, olhar com outra percepção o que é essencial e até saber perdoar, ter mais paciência e valorizar o outro. Tantos que passam ao nosso lado e só aspiram a atenção, carinho, ternura, companhia e até trocam a concordância por serem “gente”! A evidência da sua argumentação ruidosa não é mais do que essa ânsia do reconhecimento.

- esta vida presente é tão exigente, requer informação actualizada a toda a hora, como se nos minimizássemos se não soubéssemos a última, se não déssemos sempre uma opinião. Aqui volta o silêncio a ser importante: já pensaram se ao nos irritarmos por escutar uma “sentença quase definitiva” sobre qualquer assunto, tantas vezes não fundamentada, ou faltando enquadramento ou sendo gratuita, conseguíssemos desligar e não contrariar, não contra-argumentar, no fundo não perder tempo por duas realíssimas razões estúpidas: não é preciso levar a “taça” para casa sempre e na realidade não contribuímos em nada para a resolução do assunto.

- corre-se o risco de ao nos remetermos vezes de mais ao silêncio podermos passar a ser ignorados, afastados como coisa que já não presta, desactualizados. Esse é um risco numa família cheia de “génios” em que a temperança, a harmonia e o respeito já não imperam mais.

Lembro-me do meu Avô paterno, de quem já tenho falado aqui neste blogue várias vezes, engenheiro brilhante formado com 20 valores e durante decénios o mais classificado em Portugal. Pois bem, ouvia mais do que falava e quando o fazia, era ponderado, fundamentado e reconhecia que nem sempre teria razão, mas ninguém, habitualmente, punha em dúvida as suas opiniões. Contava-me que se “punha à distância” e umas vezes o botão estava “on” outras em “off”! Mas não ofendia quem pensasse o contrário e prometia reconsiderar, o que fazia bastas vezes em coisas de somenos importância, pois conhecia-se bem e aceitava de bom grado correcções fraternas às suas imperfeições.

- as valsas de Chopin que oiço ao escrever estas palavras, martelam-me o cérebro com deleite e acalmam-me, são uma boa terapia para algum desalento que sinto hoje.

Os astros previram encontros fogosos, negócios fascinantes, um dia de grande rendibilidade:

Vejo o fim do mês aproximar-se e lá se vai mais uma talhada no saldo para pagamentos de “devoçõezinhas” obrigatórias tais como contas e salários, por isso pura mentira em termos de rendimento.

Quanto a rendez-vous pecaminosos, o meu colarinho à Dom Sebastião nem me permite sequer um beija-mão galante, pelas dores de uma courbette da espinha…a tal do acidente automobilístico que me teria ceifado tão precoce vida e impedido esta escrita.

Da Espanha, (neste caso nem já bom vento nem bom casamento o que achei sempre uma pura falsidade - as famosas espanholas que tanta destruição causaram em lares compostos, mas que deram sabor à vida enfadonha e monótona de um final de século já meio apodrecido) anunciam-se tempos de angústia e de temor quanto à sobrevivência de uma pátria aonde valha a pena viver.

Vou a outra bruxa, está visto! Outro orixá de santo! Verdade, verdadinha o meu horóscopo vem na internet e é de borla por isso só diz aquilo que queremos ouvir!

segunda-feira, 28 de maio de 2012

a caça está aberta Senhores animais!


Às vezes precisávamos de ser todos caçados, país a país, governo a governo, governantes e governados…tudo bem escolhidinho, sem falhar!

Que indignação suscita toda esta palhaçada política que disfarça a corrupção, a má gestão dos dinheiros públicos a incompetência sucessiva dos diversos governos e que causa a pobreza, o desemprego, a infelicidade nas famílias, a desunião, o desespero, a falta de horizontes.

É tempo de parar quem não merece existir e desta feita não é por desporto, mas sim por sobrevivência…a caça está aberta Senhores animais!

domingo, 27 de maio de 2012

Abadia de Silos um lugar de paz e fantástico para descansar


Domingo de manhã: apeteceu-me ouvir música barroca.

Sou um grande ouvinte de João Domingos Bomtempo, que foi um dos mais importantes e conhecidos compositores de música barroca do seu tempo.

Os concertos de piano são soberbos e com uma beleza imensa. Sugiro, a quem nunca os ouviu, que ou compre os cds que são edições baratas e de qualidade ou os download do iTunes.

Li que tinha sido preso o mordomo do Papa e que tinha sido afastado o presidente do “banco” do Vaticano, mais propriamente o Instituto para as Obras Religiosas.

Trata-se de um discreto lugar instalado na torre Nicolò V na Cidade Papal, entidade financeira do tipo das encarregadas da gestão de fortunas.

Tudo isto são minudências, importantes sem dúvida de serem rectificadas, mas não abalam a Instituição que é feita de seres humanos.

Vem isto a propósito de em seguida a Bomtempo, ter ouvido o coro da Abadia de Silos. Recordo-me de estar “em baixo de forma” e ter ido lá passar 3 dias na Hospedaria.

Transcrevo-vos, mesmo em castelhano, o que é, como se pode pedir informações e lá aceder.

www.abadiadesilos.es/

Excelente comida preparada pelos monges, dormida em silêncio só se ouvindo os passarinhos e a natureza, assistência aos ofícios com maravilhosos cantos em gregoriano (para quem quiser) vindo-se de lá “curado” de todas as “maleitas”!

Nestes tempos de crise, exterior e interior, é uma opção a seriamente considerar, tanto mais que não é nada cara.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Baianas, cariocas e paulistanas em grande rejubilação


Foi com profundo agrado que recebi do Itamarati a notícia de que uma vaga de fundo, apoiada pela Presidente Dilma, e composta por admiradoras de várias zonas do Brasil se preparam para celebrar a minha sobrevivência ao acidente de carro.

Baianas, cariocas e paulistanas, casadas, solteiras e boa gente e gente boa, numa manifestação de grande alegria propõem danças e cantares, grandes jantaradas e sessões à porta privada em diversos locais apropriados aonde me será manifestado o grande carinho e a rejubilação por estar de novo entre elas.

Fizeram-me chegar o e-mail para a inscrição: palácio.prazeres@brasil.éofimdapicada.come-se

Naturalmente que repasso a parentes, afins e amigos em geral pois não vou dar conta de tanta alegria.

Vosso dedicado

Nelo

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Menu da pastelaria Bénard, no Chiado, em 1916

Que maravilha e que prova que mesmo em plena 1ª República com toda a confusão e caos, se mantinham os bons hábitos. Para o Diabo a política, o que tem qualidade sobrevive às crises!

Já nem há vontade de recriar assim um espaço com requinte, até porque não só custaria uma fortuna como não há gente que quisesse apreciar....tudo fast food ou cozinha fusion ou "merdinhas" de dégustation...

Mas tendo um laço irrefutável com um "chef" de um restaurante badalado, o "Pedro e o Lobo", confesso que gosto muito do que se lá come.

Outros tempos outras vontades, mas num artigo desta manhã, terrível aliás, escrito no Telegraph por um cotado e respeitado economista, o que ele prevê para a Europa e o euro e para os países de cuja união fazemos parte é de estremecer.

Por isso prefiro ir comer à Bénard um consommé à la Royale e uns beignets de sole à la moderne. Como plats froides uma galantine de chapon marbrée e para terminar como entremet, Cerises et Muscat déguisès!

Tudo isto por 4 vinténs!

A la prochaine!

domingo, 13 de maio de 2012

L'art de la conversation


Depuis la révolution des plus si nouvelles technologies, un art est en train de se perdre : celui de la conversation.

Si les débats pullulent à la radio et à la télévision, dans la vie civile, en revanche, il est de plus en plus rare de traiter un sujet de manière un tant  soit peu construite, un tant soit peu approfondie.

Dans les nombreux diners, une fois échangés trois banalités entendues quelque part ou quelques bons mots reçus sur Facebook, on passe à l’actualité ou à la rumeur suivante qui sera tout aussi rapidement « zappée ».

Argumenter devient un effort que plus personne n’a envie de fournir et par manque d’habitude la contradiction est souvent confondue avec de l’agression.

Converser, surtout, implique d’écouter et de s’intéresser à quelqu’un d’autre que soi, ce qui divertit de moins en moins de gens. Dans les réunions de travail, chacun regarde ses mails et ne lève le nez de son téléphone que pour les points « qui le concernent », ce qui n’aide ni à la convivialité ni à la vision globale des problèmes.

Même en famille, beaucoup ont pris l’habitude d´ « êtres seuls ensemble » et les retrouvailles se résument à voir parents, proches et enfants jouer avec leurs écrans tactiles dans la même pièce. Rares sont les longues soirées ou on se livre encore à cette activité délicieusement inutile : « refaire le monde », comme sont rares ces moments où l’on parle vraiment des choses qui nous tiennent à cœur.

Reste un mystère : pourquoi écrire sur un Smartphone à des personnes éloignées est-il plus séduisant que parler à celles qui sont présentes ?

Sur les réseaux sociaux, les questions sont simples et les réponses immédiates, rendant intolérable les délais qu’implique la « vraie vie » avec ses nuances, ses lenteurs et ses contradictions.

Les machines, enfin, nous donnent l’illusion d’être accompagnés en nous évitant les exigences et les risques de véritables relations.   

Si quelqu’un se retrouve seul, dans une soirée, vous le verrez trépigner quelques secondes et, au lieu de se présenter à quelqu’un, chercher frénétiquement son portable. Remplissant ce vide éphémère de connections virtuelles, l’esseulé d’une minute racontera aux inconnus qui lui servent d’amis, à quel point cette soirée où il se désespéré est géniale !

C’est à croire parfois que la solitude, le fait de ne pas être regardé ou écouté quelques secondes, suffirait a le désintégrer.  

Je pense que c’est tout au contraire. Regardons-nous. Écoutons-nous. Raccrochons.
 
Qui parle sème, qui écoute récolte (Proverbe persan)