quinta-feira, 29 de setembro de 2016

antiquário


GUTERRES e o pequeno país que somos!


GUTERRES e o pequeno país que somos!

Isto que se está a passar com António Guterres é consequência de sermos um pequeno país, com uma situação económica e financeira desastrada que desde o 25 de Abril e na realidade como País, valemos pouco na cena internacional.

Nada disto tem a ver com o nosso candidato que é excelente e dos melhores, senão o melhor.

Mas estes lugares são ganhos por apoios patrocinados pelos países que mandam no mundo e que se estão realmente nas tintas para o nosso sol e simpatia. Não basta!

Nem a história do passado temos como vestígio da grandeza que tivémos.

Uns quantos traidores depois do 25 de Abril, embalados pelo irrealismo do regime anterior quanto ao Ultramar que se recusou sempre a "pensar" em criar uma Commonwealth como o fez atempadamente o nosso dito mais antigo aliado, conduziram a um rectângulo no fim da Europa, sem mais do que chá e simpatia!

Não temos de facto nada que nos distinga no panorama internacional para que, para além do futebol e do Ronaldo, mereçamos ganhar como país.

Enfim, se Guterres ganhar é por mérito próprio, não por ser português, e porque individualmente é bom.

Somos aliás bons individualmente.

Como país, somos uns inconscientes: então não teria feito sentido termos negociado antes e depois do 25 de Abril com os países colonizados por forma a manter uma federação harmoniosa de Estados de língua portuguesa?

Talvez déssemos mais nas vistas!!!

terça-feira, 27 de setembro de 2016

pray for the world

Pois fiquei completamente convencido que o Trump é um amador, um inexperiente sem mundo, um novo-rico que só pensa em riqueza a todo o custo, uma verdadeira calamidade para os EUA..por outro lado a Hilary é uma política bem preparada, mas é mais do mesmo...as promessas do costume, parecidas com as cá do burgo (PPC e AC indiferenciadamente) bem como dos líderes europeus...tudo uma choldra...mas fico pasmado como o Trump diz enormidades pela boca fora sem pestanejar...
Parece que descobriram uns geisers nuns anéis de Neptuno o que prova que haverá vida...que estupada será a vida lá...não há mesmo sítio para aonde ir.

Stop the world, I want to get out...please

the past


The past is a foreign country; they do things differently there.

 Hartley

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

casamento da minha sobrinha filha do Diácono Remédios ( o meu irmão Zé)




Amanhã casa-se a minha querida sobrinha Maria do Carmo (Carmucha) filha única do meu irmão Zé, estimado Diácono da Paróquia do Estoril.

O Zé, é Engenheiro e foi Administrador de uma empresa multinacional e quando resolveu ser Diácono teve que seguir um percurso longo de preparação e de formação. Isto implicou o prévio consentimento da minha Cunhada Teresa, sua Mulher e desta dita filha.

A minha Avó, com cerca de 101 anos nessa altura e ainda perfeitamente lúcida, com a minha Mãe, toda a manada e sobrinhos, "ocupámos" a ala direita do altar dos Jerónimos aonde o Zé numa celebração do Senhor Patriarca D. José Policarpo, com mais uns quantos seriam investidos.

Os paramentos do Senhor Patriarca eram os do séc. XVIII da Sé e o meu irmão, a concelebrar como pré-diácono ainda não investido, parecia um Cónego impecável, com uma alva linda e em pendant com o celebrante.

Correu tudo muito bem, ternurento estarmos a ver um nosso irmão e familiar a tomar uma decisão de serviço aos outros e já no fim da missa diz a minha Avó para a minha Mãe:

- Ó filha eu não posso gostar mais, mas olha que me faz a maior impressão em ver o Zé, que parece um padre, e a Teresa e a piquena na primeira fila a assistir a tudo!

E foram boas sementes que esta sua decisão nele plantou pois tem sido incansável nas suas funções e amanhã pela primeira vez, não irá oficiar o casamento, pois estará na 1ª fila de fraque, ao lado da Teresa a assistir como Pai babado que é, à entrada e cerimónia da sua filha.

PENINHA E A MÃO MAROTA DE MARCELO


O Peninha tem estado ausente das minhas reportagens aqui porque foi de férias.

O Peninha tem uma "terra" que é uma aldeia lá para o Norte e se chama Pandeiro de Cima. O Presidente da Junta já tentou mudar o nome pois presta-se a muita troça, sobretudo dos emigrantes brasileiros, pois no Brasil tem outro sentido - o sim senhor também conhecido por bunda - mas deve esta toponímia a um antepassado do Peninha que tocava pandeireta. Era de sua graça, Teodósio da Silva Santos e Pinto. Tudo nomes a que Peninha gostava de juntar alguma nobreza local....mas que por mais que procurasse nos calhamaços dos Nobiliários, não mencionavam senão apelidos de sapateiros, músicos de feiras, aguadeiros, vendedores ambulantes e finalmente um, para gáudio de Peninha que logo se apropriou das ascendência, tinha sido terceiro secretário. Não dizia de quê, mas Peninha garantia que era um cargo político.

Pois o nosso Peninha descansou na aldeia em casa de uma tia, de nome Atília, que fazia costura para fora.

Apesar de estar de férias não perdia um noticiário e sobretudo aonde aparecesse o seu admirado Presidente Marcelo.

Ficou delirante com a visita à ONU e o que ele gozou com a fotografia com o Presidente Obama e esposa.

No café local, o "Paraíso do Pandeiro" era um ver se te avias, de jornal em punho a mostrar a fotografia, perante a indiferença da maioria que tinham votado noutro candidato que tinha perdido e a quem aquando da visita à aldeia para a campanha eleitoral, ainda tinham gasto alguns cobres para lhe pagar um almoço com vitela e couve lombarda.

Muito cumpridor dos seus deveres religiosos, no fim da missa de Domingo foi mostrar ao sr. Prior o jornal com a foto e o padre depois de muito olhar e remirar, sai-se com esta:

- Ó Peninha olhe que o seu amigo Presidente está a apalpar o pandeiro à mulher do Obama!

Peninha ia ripostar indignado quando num relance confirmou que era verdade. Marcelo tinha dado um amplexo por detrás de Michelle Obama e aparecia uma mão marota, contornando o pandeiro da esposa do Presidente...

Ficou varado e sem ainda querer acreditar, chegou a casa e num telegrama dos correios enviou o seguinte telegrama:

A SEXA PRESIDENTE DA REPÚBLICA
INDIGNADO APALPÃO PANDEIRO ESPOSA OBAMA FOTO IMPRENSA PRECISO CONFIRMACÃO URGENTE QUAL FOI REACCÃO DELA E SE PRESIDENTE MARCELO MANTÉM VIRTUDE E POSE DE ESTADO.
Ass . PENINHA - PANDEIRO DE CIMA.

Uns dias depois foram entregar a casa da tia Atília um telegrama da Presidência da República que rezava assim:

PHOTOSHOP. LAMENTO. Ass: CHEFE CASA CIVIL P.P

Peninha voltou ao pároco a quem orgulhosamente mostrou o telegrama.

Em Pandeiro de Cima foi celebrado um Te Deum Laudamos pelo Senhor Presidente da República, dando graças pela continuação da sua virtude e princípios inabaláveis. Estiveram presentes todas as forças vivas da Nação..local, bem entendido!

Portugal no seu melhor


azedo


pombos


quinta-feira, 22 de setembro de 2016

NEM SEMPRE TUDO É MAU


NEM SEMPRE TUDO É MAU

Andei boa parte da manhã a pé em Lisboa. Tive que tratar de vários assuntos e não era cómodo o meu helicóptero poisar no meio de tantas obras...vá, essa foi uma das razões a outra era da notoriedade excessiva que poderia atrair inbéjas, já me basta vir o meu nome ainda que com pseudónimo no livro do arquitecto...

Mas vamos ao que me traz aqui:

NEM SEMPRE TUDO É MAU, ou seja neste momento é um incómodo, mas também se não for no Verão fica tudo enlameado, estive em sítios aonde os passeios estão prontos...limpos, claros, lisos, fáceis de andar e com novas esplanadas com espaço para mesas e para pedestres andarem sem ser tudo atropelado...vai haver árvores que crescerão, darão sombra e a cidade ficará mais transitável e mais cómoda...

É chato? É! Causa transtornos temporários? Sim, é menos cómodo.

Ópás vou dar dois exemplos ternurentos de que é preciso paciência para tudo:

1. as mães quando estão a dar à luz, têm dores, contracções, estão gordonas, com tudo menos vontade de voltar a ter filhos....mas depois quando nasce o bébé, é um alívio, uma alegria e tudo volta ao normal, com um plus que é um filho...

2. Ópás quando preenchem o boletim do IRS, ele é palavrões, insultos, raivas e ódios terem que declarar tudo quanto ganharam, mesmo no Panamá ou em Belize...aonde acabámos de abrir uma Embaixada...mas depois vem o reembolso do IRS, chorudo, gordo, enorme e dando-nos esperanças de que tudo está a melhorar...ópás é a vida!

NEM SEMPRE TUDO É MAU!

Agora comigo é assim...


nada contra os idiotas


quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Se o vires


Se o vires, diz-lhe que o tempo dele não passou;
que me sento na cama, distraída, a dobar demoras
e, sem querer, talvez embarace as linhas entre nós.
Mas que, mesmo perdendo o fio da meada por
causa dos outros laços que não desfaço, sei que o
amor dá sempre o novelo melhor da sua mão.

Se o encontrares, diz-lhe que o tempo dele não passou;
que só me atraso outra vez, e ele sabe que me atraso
sempre, mas não de mais; e que os invernos que ele
não gosta de contar, mas assim mesmo conta que nos
separam, escondem a minha nuca na gola do casaco,
mas só para guardar os beijos que me deu.

Se o vires, diz-lhe que o tempo dele não passa, fica sempre.

Maria do Rosário Pedreira

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Paquete para sair desta choldra...ahahahaah


PAQUETE PARA SAIRMOS DAQUI...oh vinde, pastores, vinde...ahahah

Ópás estou a organizar um paquete de luxo com destino às Bahamas para quem quiser sair desta choldra: casino a bordo, bons comeres e beberes, serviços jurídicos a bordo para a constituição antecipada de óbeshóres nas Bahamas, empréstimos de mijones de dólari a 0,1% com um período de carência de 10 anos, tudo na máior.

Quem quiser pode inscreber-se no : "Love Boat out of this damn country", Edifício dos Prazeres Imorais, númbaro 69/70, todo o espaço possível, e a localização é no Senhor Roubado

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

IMPOSTOS JUSTOS SOBRE OS RICOS


IMPOSTOS SOBRE OS RICOS

Devo confessar que posso perceber que para ir buscar recursos, este ou outro Governo tenha que cobrar impostos.

É-me indiferente quem tome a iniciativa, se a esquerda ou a direita pois este princípio é transversal ao poder político seja ele de que cor for.

Já não compreendo nem concordo com ranger de dentes, ódio e vingança de quaisquer forças políticas que o queiram fazer por ideologia.

Tem que ter um rationale económico para o país e das receitas haverá que aplicá-las no bem-estar do povo.

Pois bem, a quem se deve taxar?

Aos muito ricos, mesmo ricos que tenham meios para os pagar fàcilmente, mesmo que não gostem.
Há-de ser na medida do justo e necessário para que com o obtido se possam evitar ter que cobrar à classe-média e baixa e aos mais desfavorecidos.

Sobre proprietários de grandes extensões de terrenos ou empreendimentos, bens móveis e imóveis de luxo, carros de grande cilindrada, barcos, mercado de capitais, lucros de bancos, etc

Não é incentivar a que se deixe de ter, comprar, investir: é taxar uma pequena % que sobre um valor residual grande amealha importantes recursos que permitem uma melhor redistribuição dos rendimentos.

Isto existe nos USA, França e UK e Alemanha e Itália, entre outros, desde há muito.

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Pitágoras e o seu teorema

Reza a história que Pitágoras não parava muito em casa e que Enusa, sua mulher, aproveitava a situação para copular com quatro soldados, que estavam acantonados ali perto.

Um dia, em que Pitágoras voltou para casa mais cedo, surpreendeu-os no acto e matou os cinco, decidindo enterrá-los no seu jardim.

Movido por alguma comiseração que ainda tinha pela esposa, dividiu o terreno a meio e, numa das metades, sepultou-a. A outra metade foi dividida em quatro quadrados iguais, onde enterrou os amantes. Desta forma, os quatro soldados ficaram a ocupar um espaço idêntico ao ocupado pela mulher. 

Logo depois Pitágoras subiu à montanha para meditar e, olhando de cima, teve uma revelação.


Era óbvio :"O quadrado da puta Enusa era igual à soma dos quadrados dos cadetes." 


(Se me tivessem explicado isso assim na escola, provavelmente não teria ido para letras.)"

Alice Coutinho

sábado, 10 de setembro de 2016

Segredo


Já dizia Mario Quintana: Não te abras com o teu amigo , que ele outro amigo tem e o amigo do teu amigo possui amigos também.

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

NÃO HÁ NINGUÉM INSUBSTITUÍVEL


NÃO HÁ NINGUÉM INSUBSTITUÍVEL

De volta do Corte Inglês aonde fui de manhã, passei a pé em frente da Igreja de S. Sebastião e à saída da capela mortuária estava um grupo de gente, a maioria dos quais entre novos e de meia-idade, o normal nestas ocasiões.

Conversava-se cá fora com dignidade e sem barulho. Nem sempre é assim.

Deu-me mais uma vez para pensar na morte e nas circunstâncias à sua volta.

Em primeiro lugar para o "de cujus", ou seja o ou a defunta: seguramente o primeiro momento de paz verdadeira. Não há ninguém 100% feliz e por isso, mesmo que muito altruístas e depois de muitos anos em conjunto aturando-se mutuamente com mais ou menos doçura, temperança, bom-feitio, cumplicidade com os anos a passarem vem a irritação, a embirração, a falta de paciência ( a propósito vi um casal com bom aspecto já mais velho por volta dos setenta dirigindo-se para a igreja e tendo que atravessar a rua, a madame resolveu dar uma grande volta e o esposo, creio, com o pragmatismo dos homens, atravessou directo pois não vinha nenhum carro...sem ele dar por que eu estivesse a observá-lo, fez em silêncio com a mão para o ar um gesto de desespero como quem diz - não há nada a fazer com a teimosia). Este é um exemplo sem importância de como sabe bem o silêncio, a solidão de "temps en temps", que nos deixem em paz!

Tudo isto para reforçar a minha tese da paz"eterna" para o fenecido.

Depois fiquei a observar duas raparigas que estavam de luto e que serenas conversavam em frente à porta exterior da capela. Naturalmente que nem ouvi a conversa nem o podia ter feito por estar longe, e nem o faria, mas concluí que horas depois do enterro a vida continuaria na sua rotina, com os seus problemas...um pouco como a roda da sorte nos concursos. Mesmo para viúvos e viúvas, há a célebre opereta " Die lustige Witwe (La Veuve joyeuse de Franz Lehár...ahahaha

Não há de facto ninguém insubstituível e a todos chega o momento de uma melhor vida...há dias de sorte!

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

ENTREVISTA do JUIZ CARLOS ALEXANDRE na SIC

ENTREVISTA do JUIZ CARLOS ALEXANDRE na SIC

Gostei da entrevista do Juiz Carlos Alexandre à SIC.

Revela um homem sério, competente, afinal....humano...e gostando muito da sua profissão.

Aliás e como ele afirma, o espelho em geral dos Magistrados Portugueses reflecte seriedade e dedicação.

De resto, ficam-se a conhecer os incómodos porque passa ele e a sua família, mas são ossos do ofício.

Fiquei tranquilo quanto à imparcialidade, competência e rigor com que serão apreciados os importantes processos em que é Juiz Instrutor.

E, na minha opinião, deverão também estar tranquilos os arguidos dos diversos projectos em que estão envolvidos.

Se nada tiverem feito serão absolvidos mas se ao contrário se provar que são culpados serão tratados com equidade.

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Chamar os outros de linda/lindo


Linda ou lindo é a palavra escolhida pela grande maioria dos facebookianos para exprimirem a sua opinião sobre outrem.

Ora, a maior parte das vezes, os destinatários não são nem lindas nem lindos: ou porque têm um nariz feio que põem em evidência, ou olhos tortos, ou orelhas tipo Mr. Stark, ou borbulhas, ou rugas, ou pura e simplesmente porque são pessoas "não lindas".

Melhor seria que:

1. os postadores das suas fotos ou não as postassem ou acrescentassem qualquer coisa que permita aos outros mortais exprimirem um elogio e não uma apreciação hipócrita ou evidente de o ser.

2. Os comentadores, deveriam salientar as qualidades da pessoa em causa ou um comentário simpático, positivo e verdadeiro que merecesse o aplauso de uma maioria que objectivamente possa julgar com critério.

3. Há finalmente umas e uns brasas que sim, vá..essas e esses merecem a qualificação de uindos ou lindos...ahahah...mas contam-se pelos dedos.

Exemplos:

a) o nosso PM não poderá ser apodado de lindo mas um comentário apropriado será : livra-te

b) o nosso recente ex- PM, PPC poderá ser apodado de lindo por algumas fãs, mas o comentário certo será: cala-te

c) o nosso ex-ex PM. Sócrates, tem um único comentário a ser-lhe feito: malander...ahahaha

E assim se passa a vida, portuguesas e portugueses..

Aquelas coisas parvas que a malta faz a beber vinho:


Aquelas coisas parvas que a malta faz a beber vinho:

#1
Não perceber patavina de vinhos mas levantar o sobrolho e dizer aquelas coisas bestialmente sonantes que até convencem outros de que somos conhecedores. Tipo que “é um vinho frutado, mas não demais.” Ou que “em 2001 houve excelentes colheitas de Rosé.” Ou que o vinho “ainda precisa de respirar um pouco” (adoro esta, nunca falha). Ou aquele clássico lugar-comum: “é um vinho encorpado”. Bravo. 

#2
Não perceber patavina de vinhos bons mas não querer ficar mal perante os amigos e portanto debitar nomes ao calhas, muitas vezes inventados, porque toda a gente sabe que basta juntar um nome de terreno e um nome de árvore ou animal para ser convincente. Senão vejamos: "Herdade do Sobreiro", "Quinta do Malmequer", "Monte do Porco Preto”, “Moinho da Toupeira” (...));

#3

Não perceber patavina de vinhos mas no supermercado apontar para alguns ao calhas e exclamar com alguma soberba (e sempre com um sobrolho levantado): “Este é bom. Tem uma boa relação qualidade-preço.” Mas sempre com as nalgas contraídas com medo de estar a escolher um vinho de cozinha carrascão e de alguém descobrir que esta alegada veia de sommelier é uma autêntica fraude;

#4
Não perceber patavina de vinhos mas imitar o que já se viu fazer em avós, pais e tios e encenar aquela coreografia da prova comme il faut: levantar o sobrolho, pegar pelo pé do copo, rodar e bambolear o vinho nas paredes do copo, enfiar o nariz lá dentro, inalar loucamente, aspirar um gole com barulho alarve, saborear de olhos fechados com ar de quem está dedilhar as áureas cordas da harpa celeste e melodiosa do paladar e, no fim, se houver algum bom senso, engolir em vez de cuspir.

#5
Não perceber patavina de vinhos mas detectar “um leve travo a madeira”. Quando na realidade sabemos perfeitamente que

1. Não fazemos puto de ideia se tem ou não, mas é uma coisa que fica bem dizer e tem alguma probabilidade de acertar;

2. Não conhecemos o sabor a madeira, porque não temos por hábito mascar tarolos de lenha, mas assumimos que há-de ser qualquer coisa tipo o cheiro da lareira mas em sabor;

3. Na verdade não saberíamos detectar esse toque nem que lambêssemos a nossa cómoda do quarto de fio a pavio.

É um pouco isto, não é?

Bumba na fofinha

sábado, 3 de setembro de 2016

O FACEBOOK

O FACEBOOK
Já se conhecem e foram ditas todas as desvantagens, perigos e as habituais admoestações de quem é virgem, imberbe e puro, que não tem defeitos e sobretudo que sabe tudo.
Ora hoje vou perorar sobre um aspecto que para mim acho notável no facebook. Muitos outros há e eu sei quais são e muito me comprazem.
Mas este diz-me muito a quem como eu sou uma mente aberta.
É um pouco como ir a museus, visitar casas bonitas e bem arranjadas, conhecer pessoas interessantes, bonitas ou feias com estilo.
Esta passerelle de cultura, de personalidades tão distintas umas das outras, a feira de vaidades na sua mais variada forma, os anseios genuínos e falsos, as emoções TUDO é uma escola de aprendizagem para a vida, seja ela curta ou longa ou de gente mais ou menos madura.
Este assistir constante a "actores em palco" dá um treino e uma capacidade excepcional de escolha, de selecção, de triagem e vai-nos burilando as esquinas do nosso conhecimento, presunção, qualidades e defeitos, respeito pelos outros tantas vezes revelados com pureza e claridade: essa luz que Goethe pedia - mehr licht.
E toda esta mescla de informação que conduz a uma análise mais rigorosa do que se vai passando a cada minuto, segundo.....um horror de velocidade...vai-nos tornando mais sábios na humildade com que passamos a julgar os outros e as coisas.
Assim é pelo menos para mim!
E haverá quem diga que há pessoas insuportáveis, más, doentes mentais, tortuosas e tortas mas também se encontra rigorosamente o contrário.
Mas então a vida não é isto?

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

A ociosidade perversa da meia-idade


Hoje comecei bem cedo com compromissos em várias empresas. Fui, umas vezes a pé e outras de metro e finalmente agora de carro.

Fiquei impressionado com uma série de homens, sobretudo, desde os quarenta e tais a mais velhos, ociosos, com um ar crispado, e sem destino.

Os aparentemente mais enquadrados estavam nas esplanadas a ler jornais.

Muito tempo livre, gente válida a maioria seguramente, deixando problemas para trás, em casa, com as famílias, num estatuto de vida de parca qualidade, sem dinheiro para as mais elementares necessidades : comprar livros, ir a espectáculos, viajar, transitar de uma actividade mais ou menos intensa, para um aproximar da velhice com dignidade e com o justo aproveitamento das respectivas capacidades.

Nenhum governo nem partido político pensa nisto.

Tenho ideias a propor.

O Portugal que eu desejo


O PORTUGAL QUE EU DESEJO

Voltei descansado de férias. Eis a minha lista de desejos até ao fim do ano:

- que a economia de Portugal estabilizasse e uma saudável taxa de crescimento pudesse começar a despontar;
- que os estrangeiros se sentissem encorajados por este lindo país, com gentes simpáticas e acolhedoras e fizessem mais investimentos, ajudando no emprego e tornando a vida mais laboriosa entre a iniciativa privada e o sector público;
- que as tensões entre os portugueses acalmassem e se pusessem em conjunto a trabalhar no progresso do país;
- que a classe política, seja de esquerda, do centro ou de direita se torne mais responsável, mais séria e honesta e que a justiça faça o seu trabalho sem pressões e no silêncio dos tribunais. Quem tiver que ser condenado ou absolvido que o seja, enquanto trabalhamos sossegadamente;
- que a imprensa destaque mais os aspectos positivos do que as tragédias.
- que os reformados, os pensionistas, os doentes e pessoas sós tenham mais apoio e encorajamento e que lhes sejam dadas cada vez mais condições de um fim de vida digno;
- que haja paz entre as famílias e que desse ambiente harmonioso surjam efeitos positivos que se transmitam para a vida colectiva.


Tudo isto que não seja um mero wishful thinking e que cada um e todos contribuamos afanosamente para a sua concretização.