quinta-feira, 24 de setembro de 2015

EU SOU UM EXCÊNTRICO E GOSTO DA INVULGARIDADE


Eu sou um excêntrico e gosto da invulgaridade.

Dito isto, confesso que respeitando as mesmas características nos outros, há no entanto limites os quais ultrapassados, me causam incómodo e não me sinto bem na minha pele.

O que caracterizo como excentricidade em mim, é uma insaciável curiosidade em observar os outros, medir os seus comportamentos, intuir as razões, compará-las com as minhas, num processo evolutivo de aprendizagem e de recolha de informação.

Isto inclui uma dose substancialmente generosa de tolerância inteligente ( até prova em contrário de que a não é), a aceitação dos outros tal como eles são, mas só até um certo ponto que é por mim definido, sobretudo e este é um elemento fundamental: tenho que ter prazer ao desviar-me do cinzentismo habitual e rotineiro. É um deleite pessoal. Esta é uma actividade unilateral, para meu gáudio e faz parte de uma minha forma de ser e de viver.

Assim que, quando nada disto se verifica deixo de ser excêntrico e torno-me numa pessoa exigente, fria, impaciente e com pouca tolerância para a vulgaridade, pretensiosismo, falta de classe e de categoria. Detesto “xungarias” e acho mais depressa “interessante” um milionário excêntrico do que um "meia-tigela" convencido.

Os elementos: cor, cheiro, som, sensualidade, equilíbrio e harmonia mesmo que totalmente ao contrário do que é o considerado como “normal” são o que me atraem.

Tem que haver inteligência, “reason to be” na desconformidade em relação ao padronizado.

Por isso quando alguém me provoca com razões inexplicáveis, sem intenções perceptíveis, criando situações que me fazem sentir irritado, contrariado ou sem excitação no desafio, desapareço umas vezes com estrépito e demonstrando o meu desprazer e outras, de fininho.

O facebook é um campo fértil para muitas selecções interessantes de pessoas com quem me apetece relacionar: divido assim, os frequentadores por categoria e permanência na lista de “amizades”.

Como nos bancos – AAA (triple A) aqueles por quem daria metade do meu reino para conhecer melhor, aproveitar e aprender, estabelecer relações de amizade, de solidariedade.

Contam-se muito poucos candidatos/as e actuais classificados/as.

AA – pessoas engraçadas e com boas-maneiras, agradáveis, interessantes e com quem há um "trade-off" equilibrado. Podem-se reactivar amizades antigas, outras que se aprofundam e se revelam, finalmente as que nos fazem passar bons bocados. Normalmente há de tudo: genuínos, inteligentes, burros com um grau aceitável, cultos e versáteis.

Há bastantes e vou fazendo uma limpeza cirúrgica quando abusam da sua presunção ou intolerância.

A – os que “pescam” e pedem para me conhecer sem eu fazer a menor ideia de quem são, mas que só porque acham que por eu ter escrito alguma coisa que lhes agradou ou às vezes até não, merecem ser admitidos no meu androceu que é também gineceu, tendo até lugar para “osgas” excêntricas.

São muitos os que pedem, poucos os “happy few”.

ZZZZ – Os chatos/as, estúpidos/as, radicais, fanáticos, mal-educados, provocadores destrutivos, filhos-da-puta, cabrões, mal-intencionados, insuportáveis.

Levam uma vassimborada ( de vá-se embora) completamente definitiva e sem apelo.

Voltando à vida pessoal e profissional, o facebook teve esta enorme vantagem de ajudar-me a encaixar os meus contactos nestas definições e tornou-me tudo mais fácil.

E é isto.

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