quarta-feira, 2 de setembro de 2015

A Fidelidade da Amizade

Duas palavras tão diferentes, no entanto tão complementares. No sentido do meu título, eu definiria “fidelidade da amizade” sob duas perspectivas: a de quem beneficia e a de quem pratica.

Começo por quem, sem sentir directamente os efeitos admiráveis e regeneradores da fidelidade da amizade, pois na maioria dos casos trata-se de momentos em que o visado está ausente, vem a saber a posteriori que apesar de tudo alguém não julgou, não acreditou, não aceitou difamar e prejudicar a imagem e sobretudo, com firmeza e lealdade, defendeu o bom nome e estancou a hemorragia da calúnia. 

Esta é a obrigação moral das mulheres e dos homens virtuosos, daqueles que têm carácter e bondade no seu coração, de quem se distingue dos outros a quem a inveja, a intolerância e a raiva cega de magoar, lhes cria ímpetos desumanos e instintos mesquinhos.

Estas corajosas atitudes provocam gratidão, tranquilidade de espírito, segurança e vontade de reciprocidade nos sentimentos bem como de entrega generosa e incondicional ao outro.

Já quem exerce esta nobre missão de resistir ao rumor torpe, reagindo construtivamente e desmantelando o boato miserável e insidioso sobre o outro, tem o estatuto de prégador  da concórdia, defensor da verdade e acima de tudo revela uma elevação notável e difícil de ir encontrando nos tempos que correm.

Tem-se dito que não há que sofrer pelos ditos injuriosos e atentatórios da boa fama de cada um, e que é mister ignorar, mas importa afirmar que sem a fidelidade da amizade, a dor seria mais profunda e solitária.

Os Amigos são para as ocasiões, sejam elas boas ou más e é de como se actua nos momentos difíceis que se apura o grau de fidelidade e amizade.

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