sábado, 31 de março de 2018

Ser-se ou não, rico


SER-SE OU NÃO RICO

Hoje tive que passar um visto de viagem de urgência a um cidadão português, morando no Norte, que veio a Lisboa para partir amanhã para Freetown. Não houve impedimento e fi-lo com todo o gosto.

Aproveitei para conversar com ele e perguntar-lhe como ia a vida. Respondeu-me que muito bem e que a sua área é a da construção civil tendo uma média empresa em Angola aonde se fartou de ganhar dinheiro e agora quer sair e levar a maquinaria toda para a Serra Leôa aonde diz que se está muito bem e há muito para fazer.

Perguntei-lhe um pouco indiscretamente se tinha verdadeiramente feito dinheiro e ele disse-me que sim, que estava riquíssimo e que o muito trabalho que sempre teve valeu a pena.

Um tipo muito modesto, de origem humilde, e de aspecto de construtor civil discreto, sem grande escolaridade e falando inglês fruto das necessidades.

Os portugueses são uns aventureiros danados e já não é o primeiro de muitas dezenas com que tenho conversado.

Pena é que o meu Pai não tenha sido construtor civil ou talhante ( bons bifes do lombo) ou merceeiro ( biscoitos deliciosos) e que por mais que queime as pestanas nunca chegue a ter a fortuna, merecida, que estes portugueses valorosos têm.

Porca miseria!

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