segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Instantâneos


Instantâneos e logo dois opostos:

- almoço com um amigo recente de quem passei a apreciar muito e mais velho do que eu. A honestidade de comportamento, uma pessoa inteligente,com problemas de saúde ao nível do coração. Quero-o cá mais tempo por isso cuide-se! Obrigações avoengas a mais e sacrifícios por netos quando as obrigações são dos pais. É preciso ousar dizer com firmeza e solicitude aos filhos e eles que dêem soluções e ainda por cima, neste caso, podem. Repito a frase do inefável Arnaldo de Matos, o Educador do Povo: OUSAR LUTAR; OUSAR VENCER...ahahahah

- morte da Mãe de uma família muito intima e amiga, já velhinha, com 92 anos mas lutadora. Velório não muito numeroso mas cosy. O padre falou pouco e bem. As bem-aventuranças como plano de vida. Fiquei pensativo e vi-me um dia dentro de uma urna. Não foi medo, foi insegurança, mas também o que adianta especular. "Trop de temps perdu" se não há um raio de outra vida a seguir. O espectáculo das flores, das comoções repetitivas, nada disso me impressiona. Fiquei foi a pensar que talvez seja tempo de triar mais rigorosamente o essencial do acidental. Somos todos iguais na morte e com mais ou menos oiro nas coberturas da urnas, dali a uns dias seremos cinza, pó e nada. Uma chatice. Para os vaidosos ainda mais chato será pois dou 8 dias para o esquecimento dégradé ou seja progressivo.

Mas que raio passou pela cabeça da Eva em comer a maçã?

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