sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

olho de peixe ao vapor em Beijing


Acabado de chegar ao Aeroporto de Beijing e já cá fora da zona de passageiros, esperava pacientemente que o motorista da empresa e um dos quadros chegasse para me buscar e levar para o hotel.

Apesar de ser Domingo, havia bastante movimento e de todos os destinos chegavam familiares que vinham para o Ano Novo Chinês e eram recebidos por residentes.

Uma Mãe dos seus 50 anos, a cujo encontro foi um filho e uma pretensa nora: um abraço apertado encostando as caras um ao outro, um brilho rápido de alegria nos olhos do filho e um cumprimento correcto e um pouco formal da rapariga.

Um namorado fardado de militar, com cerca de 25 anos e uma namorada a chegar: um sorriso e um pegar nas malas e ajudá-la a transportá-las.

Quando vivi e trabalhei em Hong Kong e Macau, constatei que os chineses não são de beijos. Estes dois casos confirmaram uma secura ancestral: mesmo a pele é seca e nada oleosa ou com o brilho ocidental ou africano, os cabelos são finos e ralos e não têm pêlos em sítio nenhum!

Mesmo as “estudantes” que na rua me abordam, perguntando se quero ir beber um café, sendo novinhas têm pouca sensualidade, acho eu! Ele há de tudo, convenhamos!

Uma delas a quem perguntei quanto me custaria o café respondeu que dependia e eu respondi-lhe que nunca tinha pago cafés! Riu-se e com um ar malandro, disse-me de caras que era para o hotel que queria ir comigo, mas que não levava nada!

E é isto a China que avança em passos curtos: proibindo o acesso ao facebook, que não me faz falta nenhuma para dizer a verdade pois tenho dias cansativos e compridos, mas irrita a proibição! Claro que o Google tem velocidades lentas como retaliação da sua saída da China, não tenho acesso a páginas da internet que possam levar a sites de livre acesso, etc

As avenidas são gigantes, como se sabe, e está um frio de rachar: hoje fez -10ºC quando voltei a pé para o hotel depois de um jantar com uns amigos americanos num restaurante de “grill e charcoal”, para variar. Ando de gorro o que me dá um ar de uma farta cabeleira por debaixo…não sei se não vou adaptar aí no Ocidente: compro aqui barato, de várias cores para dar com os trajes que vista a cada dia!

Os pequineses que conheço profissionalmente e são de várias idades desde os de 23 a 50 anos, são incapazes de me levar a restaurantes “in” ou que façam sucesso: não estão nem aí – não sabem, pura e simplesmente! Sempre comida chinesa o que torna o hábito cansativo, por muito que os menus sejam “exquisite” e excelentes.

Ontem num jantar requintado, com um Vice-presidente da empresa, foi sopa de cobra, língua de caimão, peixe no vapor tendo o meu anfitrião servido o olho a mim, como prova de grande consideração…tive uma pequena indisposição, passageira quando pensei em esparguete com cabeça de chicharro…e devo confessar que o petisco era bom.

Cuidado pois, passei a apreciador de órgãos humanos! Blrrrrrrrr

Amanhã vos contarei mais peripécias!

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