domingo, 2 de dezembro de 2018

VÁRIA


VÁRIA

1. Tomei um pequeno-almoço pantagruélico na Padaria Portuguesa. Qual não é o meu espanto quando vejo numa mesa onde estavam dois energúmenos brasileiros, umas botas de futebol em cima da mesa do outro lado dele, calculo para as ver e não roubarem quando fosse fazer o seu pedido. Despacharam-se a tempo de eu lhes dizer qualquer coisa e chamar o gerente.

2. Fui passear a pé no Chiado e como sempre entrei na Bertrand e depois na FNAC. Hoje era dia de 20% de desconto em todos os livros. Comprei a PARTE 1 de um livro da Dulce Maria Cardoso, saído ontem, chamado "Eliete"", da Tinta da China. Depois o último do Mário Zambujal, chamado "Então, boa noite", depois um estranho livro chamado "Contos Eroticos do Velho Testamento", de Deana Barroqueiro e mandei vir pois ainda não tinham, um livro que vi na Bertrand e que folheei atentamente, chamado "MENTIRA". Creio ser o princípio do ataque de Ricardo Salgado, e da sua defesa, escrito através de outrem contra o Governador do Banco de Portugal. Diz que traz informações nunca desvendadas que foram obtidas de um membro do Conselho de Administração do BES. A ver vamos, como diria o cego!

3. Confesso que me incomoda mesmo, ver tantos pedintes na Rua Garrett e adjacentes bem como em várias paragens de semáforos espalhados pela cidade. Para não falar dos sem-abrigo que pululam por aí.
Sem embargo de muitas vezes contribuir sem comentários, penso no que será a vida desta gente. nem me refiro só ao aspecto material. O que pensam, como pensam, que expectativas têm, que educação cívica possuem, como se lhes pode chamar "gente" igual há que passa por eles. São uns párias da sociedade, uns mais espertos e até cultos do que outros que são hopeless.

É uma realidade que não existe só em Portugal, mas há dois temas a que o mundo presta pouca atenção em tentar resolver ( tal como cria robots, elimina doenças, progride no espaço) que são a velhice e a pobreza seja de que tipo for.

Valeria a pena os grandes deste mundo tratarem de se encontrar sem ser para refeições ridículas e sem sentido a que nunca se chega a acordo desde que lá esteja o Presidente Trump que para além de não ter maneiras, está-se borrifando para os temas que não são os da sua predilecção.

4. Apeteceu-me depois ir almoçar a um restaurante dos emblemáticos de Lisboa e na barra, que não estava cheia, conversar como o faço há muitos anos com os empregados. É um hábito de sã convivência que não sendo eu o único a fazê-lo, os torna confessores de muita miséria e tristeza e solidão de bêbados conhecidos....Devem ter ouvido histórias que dariam para escrever memórias ou não, pois muitas delas são tristes desabafos.

5. Voltei a pé até ao Chiado onde tinha deixado o carro e como sempre vou observando à minha volta miríades de passantes, nacionais ou estrangeiros, que na minha fértil imaginação dariam para uns quantos romances.

6. Voltei a andar de moto, o que me dá imenso prazer, mas não o fazia há pelo menos 15 anos. Emprestei-a aos meus filhos que agora são mais chiques e andam de carro e de uber, e tendo tentado vendê-la (SUZUKI 650) me deram um preço tão irrisório que a aprovetei para mim. mandei fazer uma revisão e prontos....ontem andei por aí até Monsanto e pela cidade e é como nas bicicletas, fica lá o bichinho e as noções de como funciona, voltam. Aconteceu-me, porém, um primeiro incidente. Num parque de um Centro Comercial, indo à procura de espaço, de repente sai um carro do lugar até meio e por momentos não lhe bati. Claro a moto escorregou no pavimento destes centros comerciais que são escorregadios, e tombou. Para evitar que caisse completamente fiz força com a perna e ainda hoje tive que ir comprar Voltarene gel. Enfim, se vir que não me adapto ao trânsito arranjo uma solução para adespachar.

Laus Deo

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