segunda-feira, 8 de setembro de 2014

morrer de amor

Encontrei o Ludgero. Achei-o estranho. Perguntei-lhe o que tinha.
- Estou apaixonado!
- Ó diabo, isso ainda te faz ir para o desemprego. Tu vê lá!
- Pois olha que só penso nela, o que estará a fazer, se me corresponde, rondo-lhe a casa à espera que saia. Até já tenho preparado o que lhe vou dizer. Mas repito, e o raio é que gaguejo e parece-me pouco natural. Pensei assim numa metáfora, o que achas?
- Eu acho uma asneira que vai provocar-lhe uma gargalhada de troça ou a indiferença.
- Então o que sugeres, Leandro? Sempre foste meu amigo.
- Eu se fosse a ti, matava-me de amor. Já não há disso e ainda vinha a notícia no Correio da Manhã. Ela leria e sentiria, seguramente, uma comoçãozinha.

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