sexta-feira, 22 de agosto de 2014

que estranho é o amor



Que estranho é o amor

Um misto de emoções
de alegria, um bem estar que se sente de dentro para fora
Um consolo pelos maus momentos
Até o azul do céu parece diferente
Olha-se à volta e os detalhes parecem mais vivos, falantes
O verde dos campos, o barulho de uma fonte num tanque.

Acordei.

Adormeço de novo. Os teus cabelos que cheiram bem. As mãos que afagam e vão descendo para os olhos até os fecharem devagarinho, com toques ao de leve. Os dedos roçam a boca e os beiços entreabertos, e continuam na sua caminhada para o pescoço que torneiam e com leveza encostam aos meus ombros.

Mas as mãos continuam sôfregas pelo teu peito que apertam delicadamente e roçam com firmeza nos bicos que endurecem.

As pernas macias enroscadas no meu colo deixam que as festas se prolonguem docemente até aos pés que massajam e retornam pela avenida do prazer até que te sinto dormida nos meus braços.

Ajeito a cabeça e pouso-a na cama com ternura.

Que estranho é o amor.


in poemas raros de Vicente Mais ou Menos de Souza

Sem comentários:

Enviar um comentário