sexta-feira, 4 de março de 2016

O PENINHA E A POSSE DO PRESIDENTE MARCELO

O PENINHA E A POSSE DO PRESIDENTE MARCELO

Peninha não foi convidado para ir à posse, mas como é penetra vai tentar estar presente.

Gizou o seguinte plano: vai alugar no guarda-roupas Anahory, à Rua da Madalena, um traje de Simão Bolívar, que eles lá têm para o teatro.

Depois cola um bigode no buço, tisna a tez e pinta as sobrancelhas. Com voz gutural começa a falar venezuelano e apresenta-se na entrada dos Embaixadores, no Parlamento.

Está certo de que vai resultar.

Lá dentro e na galeria dos diplomatas, vai tentar sentar-se ao lado do Embaixador dos USA e em sottovoce vai deixar cair: - man, convida-me para um almoço e eu digo-te como despachar o condutor de buses. Cairá de maduro!

Está certo também de que vai resultar.

No intervalo vai-se aproximar do Embaixador da Rússia e dirá em puro ucraniano: queres a Crimeia sem problemas, pois eu sei como comprar o Trump! Quero uma continha em dólari, nada de rublos e repartimos entre o Putin, tu e eu.

Está certo de que igualmente vai resultar.

Finalmente, a caminho dos cumprimentos, ao cruzar-se com o Embaixador da Coreia do Norte, logo lhe sussurrará: - camarada, tenho a solução para o teu país. O restaurador Olex conspurcado com picada de Zica, é fatal e indolor.

Na fila para os cumprimentos, chegada a sua vez, ao estreitar Marcelo nos seus braços, diz-lhe enternecido:

- Auguri, auguri, si non e vero e ben trovato.

Nesse instante os guardas da revolução prendem Peninha como conspirador internacional e remetem-no para Rilhafoles, aonde no dia seguinte será Napoleão Bonaparte.

Diz quem com ele convive no hospício, que é um homem feliz, pois há uma miríade de personagens a incarnar a cada dia.

Todos se perguntam, porém, quando chegará a vez do Don Quijote….

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