quinta-feira, 24 de março de 2016

C'est la vie

Tenho estado meio calado nos últimos tempos, se bem que tanta coisa tenha vindo a acontecer. E ainda por cima coisas complicadas, terríveis umas, complexas outras.
Claro que observo, informo-me, espanto-me e pergunto-me.
Hoje li na imprensa internacional que a polícia belga e francesa anda há 3 dias atrás de um morto.
A rapaziada do Daesh deve estar a rir-se pelo baralhamento que causa.
Por outro lado o rapaz que está preso em Bruxelas só ao fim de 6 meses, diz que quer ir para França aonde presumo que levará coças monumentais pois foi lá que tudo começou, e nas cadeias não são para brincar...
Há no ar um desmerecimento da vida humana e morre-se com uma relativa facilidade, sem querer...ao chegar a um aeroporto, ao apanharmos o metro, ao tomarmos um café numa esplanada em Paris, etc..
Doenças novas e epidemias são aos molhos e paulatinamente parece-me, que se vai encarando a morte como algo de que se não pode fugir ou evitar. Nada que não saibamos já desde os tempos do saudoso Abel do éden...
Por isso, mais uma vez, reflicto se no meio de tantas lutas, despiques, maledicências pessoais e políticas, egos desproporcionados e arrogância, dificuldades, tantas vezes um estado constante de tristeza, de violência e opressão, de injustiças, de pobreza .. vale mesmo a pena aforrarmos pretensa felicidade como se de pacotes de açúcar se tratasse, arrumados a um canto da despensa just in case de vir a haver açambarcamento.
Eu acho que há que gozar a vida a cada dia e a cada momento ser atento a tudo quanto nos enche e àqueles a quem amamos, sejam animais irracionais...estou a dar a primazia ou racionais.
Vem a morte, vem a noite de velório normalmente, as carpideiras encomendadas ou aquelas por dever de ofício, enterra-se de manhã, ou passa-se a cinzas rapidamente, e à tarde a vida continua...Já cá não estamos, passámos a ser memória, muitas vezes má memória ou alívio e o relógio como o dos cucos...soa tic, tac, tic, tac, e às horas diz cu cu...
Quantas vezes apetece esganar o cuco, ou atirar-lhe com um cinzeiro pesado para o partir...porquê?
O passado é incómodo ou por omissão, ou por má acção, ou por indiferença e o que interessa é como nos testes de airbag dos carros...uns mais devagar outros mais rápido, acabamos sempre por bater com força contra a parede e explodir...
Só que nestes testes são bonecos e nem nos importamos...quero eu dizer bonecos=outros, mas um dia é o diabo, somos nós o boneco...
C'est la vie...

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