sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Carpe diem

Morreu há dias uma Tia de quem todos gostavam muito, incluindo eu. Passei ontem em frente da casa dela vindo da missa do 7º dia. Morta e cremada em horas. Tornou-se cinzas e desapareceu.

Dirão, ficam as boas memórias. Sim, mas até essas irão desaparecendo com a poeira dos dias.

Como é possível que em Agosto, nestes dias luminosos em que tudo apela a que se descanse do turbilhão dos dias cansativos de um ano intenso, me dê para pensar na morte?

É que ela está a cada canto e a cada momento. Não tem dias de férias e pode surgir inesperadamente.

Gostaria hoje de reflectir sobre o que se possa passar para além da morte. Nunca ninguém, realmente, veio dizer. Não estou a considerar aparições, media e espíritas, inspirados ou “delegadas de Deus” na terra como a Alexandra Solnado entre muitos outros espalhados pelo mundo, diga-se em seu abono, mas se tal se tivesse verificado, não havia dúvidas, não é?

Resta portanto a fé, seja em que religião for ou a descrença por ignorância, já nem me refiro aos que odiando as diversas doutrinas, são por princípio ateus.

Sobre a fé de cada religião, está tudo lá, quero eu dizer, cada uma por si tem cartilhas, versões, explicações, teorias, verdades assumidas.

Concentremo-nos assim, nos descrentes por ignorância, que estarão ansiosos e disponíveis, mesmo na praia e a qualquer hora do dia ou da noite, para saber o que os espera.

Estava ontem a ler um artigo e a ver o respectivo videoclip da NASA sobre Marte: desolação completa, terra seca e árida…mas a milhões de quilómetros de luz de distância da terra. Quem somos nós, de onde viémos, que “aves” raras somos? A escuridão do Universo é aterrorizadora e nada sossegativa!

Será que acabamos em cinza, pó e nada, como tantos outros habitantes de planetas que nos precederam e que têm o seu fim com o decurso do tempo, noção essa, que pode ser variável de civilização em civilização?

Pois olhem foi esta a minha reflexão desta manhã ensoalheirada de verão.

Ficai na paz e não vos perturbeis, diria eu se fosse um profeta.

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