domingo, 19 de outubro de 2014

A CÓPIA DA CÓPIA MULTIPLICA O ERRO


Um jovem noviço mal chegou ao mosteiro deram-lhe logo a tarefa de ajudar os outros monges a transcrever os antigos cânones e regras da Igreja. 

Ele fica surpreendido ao ver que os monges faziam o seu trabalho, copiando a partir de cópias e não dos manuscritos originais.


Foi falar com o velho Abade e comentou que, se alguém cometesse um erro na primeira cópia, esse erro se propagaria em todas as cópias posteriores.


O Abade responde-lhe que sempre fizeram assim, há séculos copiavam da cópia anterior, na verdade desde o início da Igreja, para poupar os originais. Mas admitiu que achava interessante a observação do noviço.
Na manhã seguinte, o Abade desceu até às caves do mosteiro, onde estavam conservados os manuscritos e pergaminhos originais, intactos e com a poeira de muitos séculos...


Passa-se a manhã, a tarde e a noite, e ninguém mais vira o Abade. O último que o vira informou que ele estava a ir em direcção às caves do mosteiro. Preocupados, o jovem noviço e mais alguns monges decidiram procurá-lo.


Nos labirintos do mais profundo e frio compartimento das velhas caves, encontraram o velho Abade completamente descontrolado, tresloucado, olhos esbugalhados, espumando e com as vestes rasgadas, batendo com a cabeça já ensanguentada nos veneráveis muros do mosteiro.


Apavorado, o monge mais velho perguntou:


- Mas, Abade, pelo amor de Deus, o que aconteceu?


- IMBECIL! IMBECIL! IMBECIL o primeiro copista! IMBECIL! Desgraçado, que arda no Inferno!! CARIDADE!!!! Era CARIDADE!!!! Eram votos de CARIDADE que tínhamos que fazer e não de CASTIDADE!!!!


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