sábado, 28 de julho de 2018

CARTA AOS FILHOS


CARTA AOS FILHOS

Hoje escrevi a dois dos meus filhos, ao som de boa música. Há muito tempo que os queria visitar por carta e tenho feito isto com todos com frequência ao longo da minha vida. Com temperança, amor, ternura e nunca sobre temas que nos possam eventualmente dividir.
Dos dois lados merecemos tratar do estado do nosso amor mútuo que às vezes anda menos bem polido e a precisar de brilho.
Foi com tanta alegria e orgulho que recebi a chegada de cada um deles, emoção e acho que se há amor que se sente no coração foi este o dos seus nascimentos.
De maneira que é preciso regar as plantas, mantendo-as viçosas e alegres.
De coisas tristes, de problemas que todos temos, ficam fora destas cartas: são francamente de leitura prazenteira e como dizia a minha Mãe, levam uns "saquinhos de amor".
Nada disto é lamechas nem patéticamente sentimental, é a expressão de um amor forte, permanente, seguro.
É no fundo uma apólice de vida que tem como reembolso em caso de necessidade o pagamento do prémio por inteiro.
O objectivo é sempre quando os tenho nos meus braços, chorando ambos ou beijando-nos, sentir essa tal coisa que é tão boa que é o amor.
Os CTT estão fora de moda, mas os e-mails, telefonemas, cartas e sobretudo conversas em locais tranquilos com verde ou mar, comodamente sentados e sem tempo é o que faz que a vida valha a pena.
Lutem por isto que vale a pena!

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