sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Collette II


Collette tinha finalmente encontrado o Monsieur por que tanto ansiara e procurara.

Vivia agora num hotel particulier da Av. Foche, com todas as mordomias e comodidades: um buttler que lhe abria todas as manhãs as cortinas de seda espessa e deixava entrar uma luz diáfana no quarto que dava para a Torre Eiffel, um chauffeur que a levava numa magnífica limusina aonde bem quisesse e um maître que lhe propunha os mais sofisticados menus. Tinha uma conta bancária confortável, roupa e demais adereços de marca sem limites, e já tinha estado em todos os restaurantes da moda.

Yann era presidente em França de uma grande multinacional o que o levava a viajar muitas vezes durante o mês.

Era um homem muito bem parecido de 47 anos, alto e de olhos cinzentos, mãos fortes e esguias, um tronco bem desenvolvido e musculoso fruto da prática de ténis, equitação e caça bem como de ginásio todas as manhãs em casa com um personal trainer, quando não viajava, mas mesmo fora fazia work out nos hotéis.

Tinha um sorriso franco e era considerado um excelente profissional com êxitos averbados na sua fulgurante carreira. Uma das suas características era a de ser frio e insusceptível de ser influenciado por factores que não fossem os do rigor, da competência, da seriedade e por isso tinha conseguido amealhar uma notável fortuna por ter correspondido a quem nele confiara.

Era casado e tinha 3 filhos mas estava, porém, separado e vivia numa prestigiada moradia numa das melhores zonas de Paris.

Collette via Yann menos do que desejava, pois era impensável acompanhá-lo nas viagens de negócios da empresa. No fundo não deixava de ser uma puta sensual, muito carinhosa e vistosa, mas não apresentável nos círculos sociais de Yann.

Nos dias em que Yann voltava cedo, jantavam romanticamente à luz de velas, e ele fazia-lhe mil juras de amor eterno com champagne, sussurrava-lhe palavras doces e Collette sentia que naqueles momentos pertencia-lhe. Yann ia, nessas noites, dormir no quarto dela e no colchão que era uma maravilha de macio enterravam-se os dois nas reviravoltas de amor que davam.

(to be continued)

MNA

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