quarta-feira, 13 de julho de 2011

Escolho os meus amigos pela pupila


Escolho os meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.

Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. Deles não quero resposta, quero o meu avesso.

Que me tragam dúvidas e angústias e aguentem o que há de pior em mim.

Um amigo que não me acompanha no rir não sabe sofrer em conjunto comigo.

Não quero risos previsíveis nem choros piedosos.

Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois vendo-os loucos e santos, tolos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

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