quinta-feira, 29 de junho de 2023

Há dias cinzentos (Peninha) fim


  O Peninha descreveu-me que iria disfarçado de Coronel com uma farda verde e com a habitual camisola verde de Zelensky. 

Como ia primeiro à Ucrânia, não haveria problemas nem confusões.

Disse-lhe que era uma tonteira pois jamais seria recebido e pedi-lhe de volta os €500.

Peninha apanhou um avião para a Polónia e lá chegado instalou-se num modesto hotel e o fito agora era encontrar uma polaca que falasse russo e bem entendido, ucraniano.

Perguntou na recepção aonde havia uma discoteca perto do hotel, e lá lhe disseram que se chamava " Sereias do Mar Báltico" e tendo-se metido num Uber mostrou ao motorista o papel aonde a recepcionista tinha escrito o nome e morada.

Tinha tirado a farda verde e pôs uns jeans e uma camisa aberta, mostrando os pêlos do peito. Achava que aquela "densa floresta" atrairia mais as miúdas do cabaret.

Deixaram-no entrar e respirou contente por voltar a um ambiente aonde havia música, dança e mulheres.

Sentaram-no numa mesa junto ao tablado aonde a cada 5 minutos uma miúda da casa fazia strip e tendo umas ligas, quem assistisse de perto punha-lhe uma nota nas ligas...

Nisto sentou-se na sua mesa uma boazona com grandes seios decotados e a sorrir para o Peninha. Pôs-lhe o braço à roda do pescoço e disse-lhe: - I love you!

O Peninha ficou doido e respondeu-lhe também que a amava. Combinaram que o que fosse preciso falar seria em inglês. O Peninha não era nada fluente mas sempre dizia umas coisas e estava à vista que era mais com o corpo que falariam a língua internacional do amor....

Foi dançar com ela e percebeu que ela tinha à cintura uma espécie de taxímetro, com um preço de €15 por cada 15m de dança e companhia. Peninha tinha olhado à volta e reparou que algumas que estavam penduradas nos cavalheiros, de repente ficavam hirtas e largavam-nos até eles pagarem o que queriam.

Foram umas danças muito agarradinhos e Peninha sentia-se muito feliz. Quando se foram sentar ela disse-lhe que tinha pedido já uma garrafa de vodka e que fazia parte do consumo.

Peninha estava por tudo e vinha cheio de notas de dólares e gastaria o que fosse preciso sem hesitação.

Voltaram a dançar, com ela a dizer ao ouvido do Peninha palavras ternas em polaco. Peninha não percebia nada mas sabia que eram expressões de amor e tentação.

Depois de umas 2h na cabaret, Peninha perguntou o nome dela e se queria ir para o quarto do hotel com ele.

Ela disse que se chamava Bozena que, geralmente, em polaco se escreve Bożena. Este nome deriva da palavra Bóg que signifca "Deus" e carrega os significados de "feliz" e "abençoada por Deus". 

Para Peninha era Boazona e assim a chamava....ela ria-se muito.

Foram para o hotel de mãos dadas e Peininha já lhe tinha dado uma boa quantidade de dólares e assim ela estava terninha e dôce.

Peninha já estava meio bêbado pelo vodka mas consciente do que iam fazer. Despiram-se os dois e Bozena disse-lhe que estava impressionada com o tamanho do pau de Peninha e perguntou-lhe se era uma característica nacional de Portugal.

Peninha nem lhe respondeu e mergulharam nos lençóis e ouviram-se uma série de gritos muito altos dela..e Peninha cumpria a sua obrigação de não deixar os tugas com má reputação.

No fim de uma hora seguida de prazer, descansaram um pouco. Ela perguntou-lhe o que ele vinha fazer  à Polónia e ele sem pejo nenhum disse-lhe que queria ir ao Kremlin falar com o Putin, com o líder da Wagner e com o Zelensky....para conseguir a paz.

Ela desatou a rir e disse ternurentamente que ele era louco e sonhador, e que não pensasse que conseguiria, sobretudo por não ser nenhuma personalidade importante da política internacional e mesmo assim, quase ninguém conseguia.

Peninha perdeu a tesão toda e perguntou-lhe se ela não poderia ajudar.

Ela disse que era muito melhor que ele ficasse na Polónia com ela e ir explorando o conhecimento entre os dois e cimentarem o amor, pois ela queria casar com um estrangeiro e ir viver para o seu país.

Peninha ficou muito contente com isto e mergulharam de novo nos lençóis e Peninha esqueceu o Putin, a Wagner e o Zelensky. Preferia sentir-se no paraíso nos braços da Boazona, como ele lhe chamava, e encostar a cabeça aos dois seios fôfos e beijarem-se na boca durante muito tempo.

E assim se vê como Peninha teve bom-senso. Quando voltou sòzinho contou-me isto tudo e ainda com mais pormenores. Perguntei-lhe porque não a tinha trazido e ele respondeu que ao se acabar-lhe o dinheiro, no cabaret viu-a atracassada a um francês. 

Puta!

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