segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

o antes, o durante e o depois

Tenho contactado recentemente com pessoas simples e felizes, com pessoas pobres e infelizes, com pessoas ricas e infelizes, com pessoas arrogantes e convencidas e infelizes, com pessoas menos simples e felizes e finalmente com pessoas tout court.

Este meu constante labor de observação das gentes, inserido a maior parte das vezes no âmbito profissional, tem vindo a apurar o meu sentido de felicidade. Ou seja os "do's and don't" que vou querendo filtrar para evitar mal estar e sofrimento desnecessários, o esforço em me situar numa plataforma cada vez mais simples na forma de pensar e agir.

Ideias singelas, escorreitas, seguras, abertas, com tolerância e não radicalismo e na busca de momentos da dita felicidade: a leitura de um livro, uma conversa interessante, um prato requintado, um ambiente selecto, uma música divinal, um pensamento sublime...não é necessário obrigatoriamente a presença de dinheiro em cada um destes cenários.

Naturalmente que a justa e generosa remuneração material do fruto de trabalho seja de que forma for é um incentivo para sempre se melhorar e possibilitar uma sofisticação da nossa vida.

Tenho para mim que o antes, o durante e o depois, sejam em que circunstâncias se apliquem, vêm sempre carregados de tonalidades diferentes.

O antes, é o momento da esperança, do sonho e da antecipação do prazer. O durante nunca corresponde ao imaginado, mas pode ser muito bom ou quase bom. O depois é o campo fértil da imaginação, de uma certa narração mentirosa daquilo que gostaríamos que tivesse acontecido e não ocorreu.

Vou assim deitar-me no antes de adormecer, na esperança que o meu sono de hoje me possa revigorar para uma semana que se augura de muito trabalho e de emoções.

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