domingo, 7 de fevereiro de 2016

DEVIA PODER PEDIR-SE O DIVÓRCIO POLÍTICO ENTRE AS PESSOAS

DEVIA PODER PEDIR-SE O DIVÓRCIO POLÍTICO ENTRE AS PESSOAS

Isto de se comentar publicamente as actuações de políticos ou de governos, de banqueiros ou de sindicalistas, de partidos e até de pessoas requer que se tenha prudência, verdade, serenidade, perspicácia e independência. Tantos outros requisitos são necessários, mas fiquemo-nos por estes e já não iremos mal servidos.

A vida em sociedade cria inevitavelmente diferenças entre as pessoas pois ninguém é parecido com ninguém, e por isso as discordâncias em relação aos comportamentos são naturais.

Há por isso um conjunto de normas desde tempos imemoriais, apelidados por uns de direito positivo e por outros de direito divino, que regulam a coexistência entre os seres humanos e na sua vida gregária.

São as conhecidas normas de conduta básicas – não matarás, não roubarás…etc – e delas derivam muitas outras que se têm vindo a adaptar ao tempo e ao modo ou seja ao progresso e à cultura de cada povo.

Há no entanto um princípio que para mim é vital, sagrado e irrenunciável que é o da liberdade. Não há regime político que se possa arrogar de coartá-la ou limitá-la.

Numa subsecção da liberdade há um conceito e prática de enorme importância - a liberdade de expressão, de livre opinião.

Nas relações pessoais há que saber olhar com imparcialidade para os outros, respeitando o seu direito de errar até podermos emitir juízos de valor, ou seja julgar. Muito mais se poderia dizer, mas hoje não é este o meu mote.

Refiro-me ao que enunciei no início: os comentários públicos sobre a vida das nossas sociedades civis.

Acontece que Portugal está neste momento a atravessar uma fase difícil de ajustamento a um novo figurino político e com novos agentes políticos.

Não seria salutar, ESPERAR antes de criticar e destruir o que se pretende fazer? Serve de alguma coisa exprimir sempre de modo negativo opiniões, só porque se é de outra côr política? Eu penso que não.

Deveria poder pedir-se o divórcio político entre as pessoas, sem ter efeitos na esfera jurídica pessoal de cada um.

Amigos e amigas que no campo político estariam definitivamente divorciados sem que fosse obrigatório que no campo da amizade, do sexo e das relações profissionais se apartassem os corpos, as mentes e os contratos de trabalho.

Eu já teria muitos e muitos divórcios afichados…de fichas ou seja elencados em listas negras…ahahahahah

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