segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Tenho uma data de amigos(as), familiares e concidadãos completamente radicais e intolerantes!

Tenho uma data de amigos(as), familiares e concidadãos completamente radicais e intolerantes!

Hoje apeteceu-me reflectir no que é para mim a tolerância.

A tolerância é a capacidade de saber aceitar a diferença. Não confundir com a divergência.

Intolerância é não suportar a pluralidade de opiniões e de posições, crenças e ideias, como se a verdade fosse um exclusivo de alguém.

Um pregador manchu reuniu milhares de chineses para lhes pregar a verdade. No final da pregação, em vez de aplausos houve um grande silêncio.

De repente uma voz ouviu-se ao fundo: "O que acabou de dizer não é a verdade". O pregador indignou-se: "Como se atreve a dizer que não é a verdade? "

O interlocutor respondeu: "Existem três verdades. A sua, a minha e a verdade verdadeira. Nós os dois, em conjunto, devemos procurar a verdade verdadeira".

Só os intolerantes se julgam donos da verdade. Todos os intolerantes são inseguros. Por isso, agarram-se aos seus caprichos, "certezas", ideias pré-concebidas, como um náufrago se segura à tábua que o mantém à tona da água.

Não são capazes de ver o outro como outro. A seus olhos, o outro é um concorrente, um inimigo ou um mero discípulo que deve acatar docilmente as suas opiniões.

Quem é tolerante evita “colonizar” a consciência alheia. Admite que, da verdade, ele apreende apenas alguns fragmentos, e que ela só pode ser alcançada por um esforço comum.

Ser tolerante não significa ser-se estulto. Tolerância não é sinónimo de tolice.

O tolerante não causa tempestades em copos de água, nem gasta saliva com quem não vale, sequer, uma cuspidela.

No entanto nunca cede quando se trata de defender a justiça, a dignidade e a honra, bem como o direito de cada um de ter os seus princípios e actuar de acordo com a sua consciência, desde que não resulte em opressão ou exclusão, humilhação ou morte.

Só o amor torna um coração verdadeiramente tolerante.

Porque quem ama não contabiliza as acções nem as reacções do ser amado e faz da sua vida, um gesto de doação.

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