quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Diário de um desmemoriado (8)



5ºf, 18 de Agosto

“Cuando nadie me ve” de Alejandre Sanz é a música que escolhi à sorte do meu ipod.

"Quando ninguém me vê", neste sentido de perscrutar,não adivinhar o que me vai na alma. E mesmo que quisessem, “as veces es vento”!

Estou nessa, não me apetece pensar na crise, nas chatices, nem tampouco nas hipotéticas alegrias ou belos futuros.

Devia haver umas baixas médicas para se ficar em casa sem nada fazer. Não mexer-nos. Não falarmos. Não pensarmos.

A maçada do barulho de vizinhos, das contas que vêm no correio para pagar, das notícias de que alguém morreu, ou adoeceu gravemente ou ficou desempregado ou teve filhos, netos…eu sei cá!

Esta vida será assim tão boa como alguns a têm apregoado? Em prosa ou em poesia são todos uns grandes aldrabões!

Mesmo com muito dinheiro, são os problemas das bolsas que sobem e descem, o arrais do yacht que rouba, bebe, fornica na ausência do patrão na cabine principal, a mulher fútil que só pensa em vestidos, festas, em gastar dinheiro.

Já pensaram que ter dinheiro, muito dinheiro pode ser uma grande maçada, bocejo! O poder de ter tudo ao alcance do olhar, da mão que assina, da voz que ordena que pague, de no fundo ter tudo e não ter nada!

“As veces es vento” o que temos na cabeça! O que é bom pois refresca, passa, vai e vem, traz odores de pradaria, de mar, de flores, de céu azul e de tempestade, de chuva…..eventualmente NÃO traz notícias dos Homens, o que por vezes é descansativo.

Como será o caminho para o infinito…? o vento deve ajudar a chegar depressa!

2 comentários:

  1. ...depende das idades,Vicente... confesso que agora algum dinheiro a mais dava muito jeito...
    beijinho,
    Isabel

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  2. Sim Isabel tem toda a razão, por isso trabalho como um "cão" para ir contribuindo para o Estado Português....não é motivador?

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