quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

O final do ano é dado a emotivos testemunhos sobre o que se passou durante 365 dias

O final do ano é dado a emotivos testemunhos sobre o que se passou durante 365 dias e manifestações de esperança para o seguinte, que apenas vai começar.

Acho que a introspeção deve ser feita não no final do ano mas antes com frequência e ao longo do mesmo, para evitar a acumulação de arrependimentos sobre atitudes e actuações negativas  que se tenham praticado e por outro lado sentirmo-nos encorajados pelo bem, que a cada momento, tentamos partilhar com os outros.

Mas, se conseguirmos focar a nossa atenção nos que nos rodeiam, esquecendo-nos de nós próprios, a satisfação encontrada supera de longe a recriminação que queiramos infligir-nos.

Há tanta gente para quem um novo ano não traz esperança de melhoria: refiro-me aos presos, aos doentes em estado terminal ou muito grave, aos sós, aos desempregados, aos pobres, aos soldados em guerras sem fim, às famílias que perderam nesses conflitos pessoas queridas, aos perseguidos politicamente e por crenças religiosas e a tantas outras pessoas que sofrem e assim continuarão no próximo ano.

Tenho por isso para mim, que devemos para 2015, fixar-nos em pequenos objectivos a cumprir para essas pessoas com quem interagimos, ao nosso nível, sem vontade desmedida de abarcar lunaticamente o mundo todo.

O que se nos pede é que continuemos ou que iniciemos qualquer coisa de palpável, concreto e realizável para que a transição de um para outro ano seja realmente uma realidade no que se refere ao nosso compromisso para com terceiros.

As nossas causas e as nossas lutas e cruzadas, têm que ser prosseguidas com bom senso, realismo, com sensibilidade e estratégia, com o desejo último de conseguir resultados, numa palavra: vencer!

Para isso é importante termos a noção exacta das nossas “forças” e capacidades, a necessidade de trabalhar em equipa e a coragem de não desistir nunca de “speak up” a verdade e entregar-nos sem medo à defesa daquilo por que lutamos.

Não me refiro a quixotismos, nem a moinhos de vento! 

Talvez até as nossas vitórias pessoais e com terceiros, comecem a princípio por nos deixarmos descobrir pelos outros e com surpresa e encantamento recebermos um retorno caloroso, agradecido e potencialmente desmedido em esperança.

Por isso, apelo a que nos entreajudemos como cidadãos a mudar o curso do nosso país, da nossa vida colectiva e pessoal e a de tanta gente que precisa de nós.

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