sábado, 30 de março de 2013

Um Pequeno Gesto, uma Grande ajuda - Moçambique - Um conto para a minha afilhada


Com apenas 80 cêntimos, 1 criança bebe leite por um mês em Moçambique
Sara Alves - Voluntária UPG 
Seja Padrinho de uma criança
Um Pequeno Gesto Uma Grande Ajuda (ONGD)
Afilhados: De 88 em 2007 a 923 em 2013
www.umpequenogesto.org  | geral@umpequenogesto.org
http://umpequenogestoumagrandeajuda.blogspot.com

Querida Afilhada Joaquina Manuel Veloso,
Fico muito contente com as boas notas enviadas, e espero que continues a estudar bem e com aproveitamento.
Hoje envio-te uma nova história. Esta é a primeira parte, depois vão seguindo as outras.
Muito boa Páscoa e que Deus te abençoe.
O padrinho
Manuel
                  
                          História da floresta da felicidade

Era uma vez uma floresta aonde viviam muitos animais. Desde os maiores até aos mais pequenos, ou seja desde poderosos leões a trabalhadoras formiguinhas. 

Cada um fazia os seus afazeres e ninguém se zangava uns com os outros e viviam muito felizes. 

Um dia, os animais, espantados ouviram barulhos estranhos e numa clareira que servia de espaço para todos se reunirem, juntaram-se unidos, com medo do que seriam aqueles ruídos.

Parecia como quando os macacos a brincar, pegavam nas folhas grandes das palmeiras e as abanavam e rodopiavam com força. Mas, nada comparável.

O leão, em quem confiavam todos os animais por ser forte e grande opinou que deveriam mandar a águia fazer um reconhecimento. Foi-lhe dito que voasse baixo e discreta para não se tornar notada. 

Assim fez, levantou voo e num ápice foi voando sobre a selva até que avistou um pássaro estranho e muito maior do que ela, que tinha na cabeça umas pás que faziam um barulho ensurdecedor e que permitiam que o animal, pousasse aqui e ali, deixando sair do seu ventre crias que saltavam para o solo e se escondiam entre o arvoredo. 

Regressou à clareira e narrou isto aos animais que ficaram muito admirados. 

O mocho, que via à noite, foi escalado para ir fazer nova e silenciosa inspecção. 

Ao pôr-do-sol, partiu e voou, voou, até que ouviu uns barulhos desconhecidos, desta vez como se fossem o falar de animais estranhos. 

Pousou num ramo de uma árvore e discretamente pôs-se a observar: uma fogueira com uns seres diferentes, com uma cabeça, dois olhos e nariz pontiagudo, como o do pica-pau, e em vez de andarem a quatro patas, mantinham-se de pé. 

Um deles bebia, o mocho achava que seria água, por um estranho bambu sem cor e punha-se a gritar. 

Havia-os de várias cores: uns mais brancos do que outros e depois de muito beber, o tal aproximou-se de um mais negro e deu-lhe uma bofetada com a mão, como às vezes o mocho via a mãe ursa fazer a um ursinho mais desobediente. Só que deve ter sido com tanta força que o estranho ser, caiu para o chão e enroscou-se, aparentemente dorido, e continuou a apanhar no corpo com um pau. 

O mocho, incomodado com algo que nunca vira, rapidamente regressou ao convívio dos animais para tudo contar. 

(continua)

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