segunda-feira, 4 de junho de 2018

O “COMBOIO” DA NOSSA VIDA APITA UMA SÓ VEZ



O “COMBOIO” DA NOSSA VIDA APITA UMA SÓ VEZ

Andamos tão distraídos no lufa-lufa diário que nem damos conta de que um dia a vida acaba. E, aparentemente, acaba o sofrimento e sobre-vem a paz.

Nunca tinha reparado que a morte apesar de ser fruto de muitas causas, traz nem que seja por minutos, solidão.

Quem nos rodeie, por muito que de nós goste, está "fóra" de nós. E essa solidão seria bom que tivesse um fim rápido, ou seja, enquanto o corpo vai dando de si, a consciência, que muitos cientistas afirmam que sobrevive, merece ter um acolhimento sobrenatural, isto é, desejavelmente noutra vida.

O cenário que eu veria com agrado acontecer a toda a gente seria uma sequência em que havia a morte do corpo, um tempo de solidão e de “viagem” e de retrospectiva da nossa vida e finalmente um relançamento de uma nova vida.

Seria muito bom que não carregássemos o passado e que nos fosse dada a oportunidade de começar de novo, noutra realidade sem o mesmo corpo e circunstâncias.

A alternativa, muito tristonha e inexplicável, será a do nosso corpo se destruir como sabemos que acontece e rapidamente, diventare/tornar-se cinza, pó e nada. Então para quê tudo isto?

O ritual dos mortos é aquele que mais interrogativas suscita aos que o escutam ou vivem em sintonia com o morto: fala de um futuro desconhecido e propõe e deseja que se realizem situações que são totalmente ignoradas.

No nascimento vê-se o fruto e na recuperação de uma doença vê-se a cura. Aqui na morte, é uma espécie de despedida na estação, em que à medida que o comboio se afasta mais se vai perdendo de vista o passageiro que acena à janela.

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