Que estranho é o amor
Um misto de emoções
de alegria, um bem estar que
se sente de dentro para fora
Um consolo pelos
maus momentos
Até o azul do céu parece
diferente
Olha-se à volta e os
detalhes parecem mais vivos, falantes
O verde dos campos, o
barulho de uma fonte num tanque.
Acordei.
Adormeço de novo. Os teus
cabelos que cheiram bem. As mãos que afagam e vão descendo para os olhos até os
fecharem devagarinho, com toques ao de leve. Os dedos roçam a boca e os beiços
entreabertos, e continuam na sua caminhada para o pescoço que torneiam e com
leveza encostam aos meus ombros.
Mas as mãos continuam
sôfregas pelo teu peito que apertam delicadamente e roçam com firmeza nos bicos
que endurecem.
As pernas macias
enroscadas no meu colo deixam que as festas se prolonguem docemente até aos pés
que massajam e retornam pela avenida do prazer até que te sinto dormida nos
meus braços.
Ajeito a cabeça e pouso-a
na cama com ternura.
Que estranho é o amor.
in poemas raros de Vicente Mais ou Menos de Souza
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