A avó Leocádia, era uma senhora muito bem posta e vivia fóra de Lisboa.
Tinha que usar os transportes públicos, pois era viúva e tinha uma pensão muito pequena.
Uma tarde, indo para casa de autocarro, sentou-se ao lado de um estudante já mais velho, que deveria ser universitário.
Vem o pica-bilhetes, e pede ao rapaz o bilhete para o picar e nisto desata aos berros:
- Você está a olhar fixamente para a minha cara, e percebeu que eu não tenho uma orelha e está a fazer troça e a chamar a atenção dos demais no autocarro!
O estudante respondeu que estava à espera que ele lhe desse o troco de uma nota de €20,00!
O pica-bilhetes chamou-o de aldrabão e mentiroso. Não tinha dado nenhum dinheiro.
E, irritado foi para a frente do autocarro.
O estudante perguntou à Avó Leocádia se não tinha visto ele entregar uma nota ao pica-bilhetes?
A Avó Leocádia, disse-lhe que de verdade não tinha reparado, mas estava de acordo com ele de que o pica-bilhetes era muito incorrecto e ordinário.
Na paragem seguinte o estudante saiu do autocarro.
A Avó Leocádia, olhou para o lado e viu um embrulho do tipo de ter pastéis de nata, de que o estudante se tinha esquecido.
Não havia nada a fazer para devolver o embrulho e assim sendo pegou no embrulho com discrição e pô-lo em cima do colo, para o levar para casa.
Quando chegou a casa, despiu o casaco, foi fazer um café para acompanhar ou os pastéis de nata ou bolachas ou um bolo qualquer.
Qual não foi o espanto dela quando, tendo desembrulhado o embrulho, e olhado para dentro viu que era a
ORELHA DO PICA-BILHETES
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