quinta-feira, 11 de agosto de 2022

Crâneo


 

Crâneo

Tanta gente a carpir os seus crâneos queridos, na guerra, de um lado e de outro, nas aldeias (é levado mais à séria a morte), no bulício da cidade, na visita aos cemitérios, mas será que vale a pena?

Mais tarde ou mais cedo tudo se transformará em cinza pó e nada.

Entretanto, durante a vida foram mais os momentos de desatenção do crâneo querido, de torpezas ocultas, de amor fingido, de relações tormentosas...num ápice pouco tempo de felicidade, se alguém sabe o que é...

Por isso o passado é o passado e talvez valha a pena guardarmos algumas boas mas pequenas memórias.

O presente já é difícil o futuro não se sabe o que é.

Um dia destes vos falarei de um "estado", conceito, realidade que é a SOLIDÃO, acompanhado ou não, rico ou pobre, saudável ou doente, culto ou uma besta...proponho para já um pequeno prazer, barato e ainda, creio, que com qualidade. Comprem numa patelaria um chupa-chupa da Regina ou da Rájá ou da Olá, ou mais provàvelmente da Imperial. Ou em alternativa rebuçados de alteia e mel do Dr. Bayard.

É curto o prazer, barato e dá-vos por uns momentos uma sensação de "crâneo querido" 

 

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