Hoje apetece-me partilhar convosco uma reflexão sobre um tema de que todos, somos especialistas: o do sofrimento.
Uns mais do que outros, com maior ou menor frequência, às vezes até em permanência, enfim há de tudo.
As situações também são diversas: doenças, torturas, perseguições, distância, sofrimento moral e intelectual, abandono, isolamento, remorso.
Nem todo o sofrimento é
reparador, na minha opinião, ou pelo menos para o próprio. Tomemos um
exemplo: se me torturam, não sendo eu masoquista, não tenho nenhuma
vantagem em que o façam.
A única forma que entrevejo como verdadeiramente a única compensadora do sofrimento é quando o mesmo serve para nos esquecermos da dor que nos causa e projetarmos nos outros algum consolo e ajuda.
Neste caso, há uma doação que funciona sempre em benefício mútuo.
Vem isto a propósito de me sentir hoje particularmente triste e preocupado com alguém e depois de ter sentido na pele o sofrimento, ter decido escrever uma carta a um dos meus reclusos.
Lembrei-me que no meio da minha noite que previa ser dolorosa, talvez o prazer de ir ao encontro de alguém que sozinho e no frio de uma cela - sim, porque não têm aquecimento - pudesse, numa manhã seguinte, receber algum conforto de companhia e de ânimo.
E assim fiz e não fui sobrecarregá-lo na minha escrita com as minhas penas, mas manifestar-lhe que lhe tinha dado um lugar especial de primazia na lista das pessoas de quem de imediato me lembrei para repartir um ombro amigo, ainda que neste caso, teórico.
E fiquei mais tranquilo!
A única forma que entrevejo como verdadeiramente a única compensadora do sofrimento é quando o mesmo serve para nos esquecermos da dor que nos causa e projetarmos nos outros algum consolo e ajuda.
Neste caso, há uma doação que funciona sempre em benefício mútuo.
Vem isto a propósito de me sentir hoje particularmente triste e preocupado com alguém e depois de ter sentido na pele o sofrimento, ter decido escrever uma carta a um dos meus reclusos.
Lembrei-me que no meio da minha noite que previa ser dolorosa, talvez o prazer de ir ao encontro de alguém que sozinho e no frio de uma cela - sim, porque não têm aquecimento - pudesse, numa manhã seguinte, receber algum conforto de companhia e de ânimo.
E assim fiz e não fui sobrecarregá-lo na minha escrita com as minhas penas, mas manifestar-lhe que lhe tinha dado um lugar especial de primazia na lista das pessoas de quem de imediato me lembrei para repartir um ombro amigo, ainda que neste caso, teórico.
E fiquei mais tranquilo!
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