Um
colaborador meu chinês, o Lu Yang, mas que fala português como eu, vivia
cá em Portugal e, como tantos outros, por falta de oportunidades partiu
para a China, nomeadamente para Shanghai aonde lhe arranjei um emprego
na Cimpor.
Durante os primeiros 6 meses acabámos por não nos
contactar, apesar de eu ter ido a Pequim umas três vezes ( não é bem ali
ao lado...) e quando finalmente lhe telefonei a saber se estava tudo a correr bem, entre outras coisas, disse-me que se ia casar.
O Yang Lu, tem cerca de 28 anos e até ali nunca me tinha dito que estava a pontos de dar o nó.
Por isso, perante o meu espanto, disse-me: - Sabe como é, aqui na China
são as famílias que arranjam os casamentos e a minha, apanhando-me
aqui, achou que já estava em idade de formar família!
Mas,
perguntei-lhe, já a conhecias? - Eu, não! - E gostas dela, achas que é o
teu tipo, etc.. Resposta dele : - Já sabe como é, aqui na China, os
homens têm que cumprir o seu dever de se casar senão parece mal, e eu
nem penso no amor!
Entretanto nasceu uma filha e tenho falado com ele.
Parece que a Madame gosta de fazer compras caras nos grandes shoppings,
e tanto quanto me diz, a vida corre sem sobressaltos, tipo bocejo!
Comentei-lhe que tendo ele vivido em Portugal, andado no liceu, falando
bem português, tendo conhecido moças galantes locais, e convivido num
ambiente moderno, livre e sem estas obrigações familiares, como se tinha
submetido e não dar o grito do Ipiranga???
Resposta dele: -
Sabe, por aí as pessoas acabam todas da mesma maneira como aqui na
China...fazem sexo por obrigação, têm filhos, trabalham em ambientes
cinzentos e de crise até que chegam a mais tarde e morrem de velhos.
E esta hein?
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