Fotografia do marco mandado erigir por D.José I, no lugar onde foram torturados, espancados, executados, decapitados e queimados na praça publica em 13 de Janeiro de 1759.... acusados de alta traição , os meus parentes, D. Francisco de Assis Baltazar José António Bernardo Tomás Gonçalo de Távora, 3o.Conde de Alvor e antigo vice-rei da India e sua Mulher a 3a. Marquesa de Távora D. Leonor Tomásia de Lorena e Távora, seus filhos D. Luís Bernardo de Távora, o 4o. Marques de Távora e D. José Maria de Távora, seu genro D Jerónimo de Carvalho e Menezes de Ataíde, 11o.Conde de Atouguia e ainda Brás Romeiro um grande amigo de Luís Bernardo.
Edificado para perpetuar a lembrança de trágicos
acontecimentos, este padrão, também conhecido por Memória do Chão Salgado,
encontra-se situado no Beco do Chão Salgado, na freguesia de Santa Maria de
Belém (Lisboa), bem perto da loja dos famosos pastéis de nata de Belém.
Erigido em 1759, por iniciativa da Junta da Inconfidência,
para perpetuar a memória dos acontecimentos ocorridos na sequência do
denominado Processo dos Távoras, o Padrão constitui uma referência a uma das
decisões desse processo, no caso, a demolição, salga e proibição de construção
no local onde se erguera um dos palácios de D. José de Mascarenhas (8º duque de
Aveiro), supliciado na madrugada de 13 de Janeiro de 1759, por ter sido
considerado culpado do atentado contra a vida do rei D. José.
O padrão de arquitectura simples e edificado com base em
projecto de autor desconhecido, apresenta uma base constituída por plinto, cuja
face Sul possui inscrição alusiva ao processo dos Távoras. A coluna tem fuste
cilíndrico ritmado por 5 anéis almofadados, sendo encimada por coxim
sobrepujado de fragmento de forma indefinida, numa solução pouco comum na
arquitectura portuguesa.
A epígrafe na base do padrão apresenta o seguinte texto:
"AQUI FORAO AS CASAS ARAZADAS E SALGADAS DE JOZE
MASCARENHAS EX AUTHORADO DAS HONRAS DE DUQUE DE AVEIRO E OUTRAS E CONDEMNADO
POR SENTENÇA PROFERIDA NA SUPREMA JUNTA DA INCONFIDENCIA EM 12 DE JANEIRO DE
1758 JUSTIÇADO COMO HUM DOS CHEFES DO BARBARO E EXECRANDO DESACATO QUE NA NOITE
DE 3 DE SETEMBRO DE 1758 SE HAVIA COMMULADO CONTRA A REAL E SAGRADA PESSOA DE
EL REI NOSSO SENHOR D. JOZE. NESTE TERRENO INFAME SENÃO PODERA EDIFICAR EM
TEMPO ALGUM."
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