segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Sabem o que é ter de repente muitas saudades de alguém?


Sabem o que é ter de repente muitas saudades de alguém?
Um som, uma fotografia daquelas para a qual já nem se repara tanto, um bom bocado sentado em silêncio e só, excepto ouvindo muito no fundo música clássica composta por génios e tocada por maravilhosos executores?
Foi o que hoje me aconteceu no monte depois de ter dado um beijo e um abraço comovido à Natasha e outro ao Nikolai, mulher e filho do Dimas.
Apeteceu-me, depois de algum tempo de consolo dado a eles e de nos inteirarmos de como tudo se tinha desenrolado, isolar-me e entrei para dentro da casa principal e na sala que é bastante grande, sentei-me na minha cadeira habitual.
Olhei à volta e avistei ao longe numa prateleira de livros uma fotografia da Mãe que eu tão bem conheci e de quem tanto gostei e tive de repente vontade que estivesse ali comigo. Senti umas saudades daquelas que se tem quando se sabe que nem o tempo nem a vida voltam atrás.
Deixei-me ficar encaixado na minha cadeira de olhos fechados. A música era linda "Sherazade" de Rimsky-Korsakov e outras e mais outras e o tempo ia passando.
E é isto que vos digo meus queridos amigos e amigas, nada melhor do que nos deixarmos de frieza, disfarces e deixarmos que o nosso coração bata apressado com boas emoções.
Bela e última recordação que o Dimas me proporcionou com a sua partida. Estou-lhe grato e encomendei-o à proteção da Nossa Senhora.

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