SÃO SEMPRE AS MÃES, E OS PAIS?
Dizia-me
alguém amàvelmente a propósito do post que publiquei sobre os anos da
minha Mãe: "Mãe é um sentimento que não se esquece, que vive connosco
permanentemente."
E os
Pais? O sentimento de orgulho e comoção por cada recém-nascido que
pegamos pela primeira vez nos braços, este laço que nos faz rir e chorar
ao longo da vida, tantas "untold stories" que jamais contamos mas as
vivemos - doenças, noites mal passadas, exames, profissão, alegrias,
orgulho, amor grande e profundo, dor, injustiças deles e nossas para com
eles - tudo isto é um acervo que só os bons e maus Pais conhecem e
sentem.
Se houvesse uma
escola de Pais tínhamos andado lá todos e depois....sempre houve uns
melhores alunos do que outros, mais inteligentes do que os menos, mais
duraços e outros mais sentimentais, mas creio que nessa escola TODOS sem
excepções - se forem verdadeiros e humanos- receberam e absorveram as
tais lições de amor que não se estudam mas que se mostram quando a
professora mandava usar o coração.
E
por isso quando nos nossos exames de consciência, muitas coisas nos
pesam de omissões, más acções ou menos boas, de egoísmo e de falta de
paciência de tanta coisa em que poderíamos ter sido melhores, só quem
seja de má raça, não sente arrependimento e purifica o coração que volta
a bater com amor pleno.
Os Pais também permanecem para sempre e não são melhores nem piores que as Mães. São diferentes no papel que desempenham.
Às vezes a meio da noite lá tinha que mudar a fralda ou pegar ao colo ou dar o biberon ou pô--los a arrotar.
Tornava-se
irresistível ver naquelas caras miúdas uma dependência de nós, dos
nossos defeitos, falsidades e das fraquezas dos crescidos e sempre
prometia uma protecção permanente.
Não deve haver estatísticas nem récordes de Pais bestiais, do melhor e sem erros nem defeitos.
O nível de comparação de amor e de best performance, esse não é ditado pelos Pais mas sim pelos Filhos.
E por isso referi o papel relevante do meu Pai na vida e felicidade da minha Mãe, o que se projectou em nós Filhos.
Chega de paleio e toca a praticar e ao menos compensarmos como Avós!
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