domingo, 28 de janeiro de 2018

SÃO SEMPRE AS MÃES, E OS PAIS?

 
SÃO SEMPRE AS MÃES, E OS PAIS?

Dizia-me alguém amàvelmente a propósito do post que publiquei sobre os anos da minha Mãe: "Mãe é um sentimento que não se esquece, que vive connosco permanentemente."

E os Pais? O sentimento de orgulho e comoção por cada recém-nascido que pegamos pela primeira vez nos braços, este laço que nos faz rir e chorar ao longo da vida, tantas "untold stories" que jamais contamos mas as vivemos - doenças, noites mal passadas, exames, profissão, alegrias, orgulho, amor grande e profundo, dor, injustiças deles e nossas para com eles - tudo isto é um acervo que só os bons e maus Pais conhecem e sentem.

Se houvesse uma escola de Pais tínhamos andado lá todos e depois....sempre houve uns melhores alunos do que outros, mais inteligentes do que os menos, mais duraços e outros mais sentimentais, mas creio que nessa escola TODOS sem excepções - se forem verdadeiros e humanos- receberam e absorveram as tais lições de amor que não se estudam mas que se mostram quando a professora mandava usar o coração.

E por isso quando nos nossos exames de consciência, muitas coisas nos pesam de omissões, más acções ou menos boas, de egoísmo e de falta de paciência de tanta coisa em que poderíamos ter sido melhores, só quem seja de má raça, não sente arrependimento e purifica o coração que volta a bater com amor pleno.

Os Pais também permanecem para sempre e não são melhores nem piores que as Mães. São diferentes no papel que desempenham.

Às vezes a meio da noite lá tinha que mudar a fralda ou pegar ao colo ou dar o biberon ou pô--los a arrotar.

Tornava-se irresistível ver naquelas caras miúdas uma dependência de nós, dos nossos defeitos, falsidades e das fraquezas dos crescidos e sempre prometia uma protecção permanente. 

Não deve haver estatísticas nem récordes de Pais bestiais, do melhor e sem erros nem defeitos.

O nível de comparação de amor e de best performance, esse não é ditado pelos Pais mas sim pelos Filhos.

E por isso referi o papel relevante do meu Pai na vida e felicidade da minha Mãe, o que se projectou em nós Filhos.

Chega de paleio e toca a praticar e ao menos compensarmos como Avós!

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