quarta-feira, 6 de outubro de 2010
pouca coisa
São imagens esbatidas, meio apagadas,
como aquelas fotografias antigas e
enclausuradas em molduras de metal como
se fossem grades de uma prisão perpétua.
Ainda assim, conseguem manter a pose
permanecendo orgulhosamente silenciosas
e indiferentes ao relógio de pêndulo que
as fita num desdém insolente lá do canto
oposto da sala e cujos ponteiros há muito
que passaram a rodar no sentido contrário,
marcando as horas que já foram... são
rostos calados, com sorrisos forçados pela
urgência do momento, segurando
insistentemente um instante que as havia
de suspender no tempo, devolvendo-as à posteridade
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...de repente essas suas palavras lembraram-me Virgílio Ferreira. Gosto. Gosto da imagam, da imagem das palavras, das palavras
ResponderEliminarIsabel