Para a Bi
Saudades do Mário
Escrever sobre a morte é sempre meio assustador e um risco, pois trata-se de algo que desconhecemos, realmente.
Quando o queremos fazer para honrar a memória de alguém a quem admirámos
em vida, respeitámos ou até discordámos, podemos cair em banalidades ou
exagerarmos nas qualidades e virtudes, que é o costumeiro, pois só
sendo-se um malvado se vai elencar os defeitos.
Hoje quero falar sobre o Mário Quartin Graça: homem inteligente, culto,
atento e engraçado, com um humor fino e por vezes mordaz.
Mas apetece-me ressaltar esta qualidade previamente mencionada: ser
atento. Ao que o rodeava, ao que tinha na mente para descobrir e
conhecer, em ouvir quem lhe suscitava interesse para aprender, e talvez
uma faceta menos conhecida desta "atenciosidade" - uma enorme humanidade em relação ao
sofrimento do outro, um desvelo tímido em proporcionar ajuda, consolo e
ir ao encontro.
Muita gente lhe estará grata por tantas coisas e isso é bom. Nunca se
deve fazer uma contabilidade "oficial" do amor e da amizade dada com
generosidade, mas pode e deve- se fazer batota quando o destinatário da
informação não é o Ministério das Finanças, mas sim Nosso Senhor.
O Mário vai dar imenso jeito no Céu: organizar bibliotecas, actualizar a
compra de livros que anda desleixada, divertir meio mundo mas sobretudo
contamos com ele, para junto de Deus Nosso Senhor interceder por nós e
pelas nossas fraquezas.
Saudades tuas, mas vemo-nos quando o Altíssimo entender. Até lá e obrigado por te teres cruzado na minha vida.
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