QUE CHATICE, HOJE SINTO-ME TRISTE
De vez em quando é preciso saber estar triste. Estou a ouvir o álbum duplo de Luciano Pavarotti – o melhor de Pavarotti – que me acompanha há muitos anos e que oiço em tom alto, deixando a sua voz tonitruante e maravilhosa insinuar-se dentro de mim.
Fico sempre assustado e ao mesmo tempo encantado, com a magnificência da vida! Tudo pode acontecer num momento: um acidente vascular, um atropelamento, uma bomba que explode ao nosso lado, a lembrança de momentos de doçura na nossa meninice, de uma sã irresponsabilidade, e para quem, como eu e os meus irmãos que tivemos uns Pais formidáveis e também uns Avós de ambos os lados impecáveis, este enfrentar de um polvo com os seus tentáculos torna-se de vez em quando amargurante.
Esta fotografia cinzenta que aqui publico descreve como eu vejo o dia: cinzento, calmo de mais, malgré tout, com pássaros a voar, mas deprimente.
Não está um mundo fácil e apesar dos conselhos avisados que estou a intuir me podem dar os que de mim gostam:
- reza, pede e entrega-te
- faz silêncio à tua volta
- toma um calmante
- tira umas férias
- aguenta-te pois há quem sofra, esteja a morrer, não tenha aonde e como viver neste mundo, sozinho
E por aí além…
Estarão de acordo que a mais fácil é a segunda, a mais real, a que produz efeitos imediatos, bons ou maus, a cada um serve mais ou menos.
A primeira, é uma manifestação de fé a qual por definição não tem um alvo visível e palpável…!meu Deus fazei que eu me sinta melhor das dores de cabeça, que eu feche o negócio de petróleo, que não morra amanhã…e tantos outros wishful thinking….
A terceira tem a eventual duração do efeito do calmante…
A quarta, para além de estarmos a sair do inverno, é cara para ser boa, e não tenho a certeza que me apeteça.
A sexta, é de longe a mais pragmática, mas não alivia nem tira a tristeza.
Daí que a música, o tal silêncio que parece improvável com o som tremendo da voz do Pavarotti, e uma noite bem dormida talvez me ajudem.
Não faço esta declaração to "Whom it may be concerned", para me queixar ou pedir compaixão: faço-a como cidadão deste mundo, num tempo cronológico preciso, de aqui e hoje.
E as estrelas são minhas testemunhas
De vez em quando é preciso saber estar triste. Estou a ouvir o álbum duplo de Luciano Pavarotti – o melhor de Pavarotti – que me acompanha há muitos anos e que oiço em tom alto, deixando a sua voz tonitruante e maravilhosa insinuar-se dentro de mim.
Fico sempre assustado e ao mesmo tempo encantado, com a magnificência da vida! Tudo pode acontecer num momento: um acidente vascular, um atropelamento, uma bomba que explode ao nosso lado, a lembrança de momentos de doçura na nossa meninice, de uma sã irresponsabilidade, e para quem, como eu e os meus irmãos que tivemos uns Pais formidáveis e também uns Avós de ambos os lados impecáveis, este enfrentar de um polvo com os seus tentáculos torna-se de vez em quando amargurante.
Esta fotografia cinzenta que aqui publico descreve como eu vejo o dia: cinzento, calmo de mais, malgré tout, com pássaros a voar, mas deprimente.
Não está um mundo fácil e apesar dos conselhos avisados que estou a intuir me podem dar os que de mim gostam:
- reza, pede e entrega-te
- faz silêncio à tua volta
- toma um calmante
- tira umas férias
- aguenta-te pois há quem sofra, esteja a morrer, não tenha aonde e como viver neste mundo, sozinho
E por aí além…
Estarão de acordo que a mais fácil é a segunda, a mais real, a que produz efeitos imediatos, bons ou maus, a cada um serve mais ou menos.
A primeira, é uma manifestação de fé a qual por definição não tem um alvo visível e palpável…!meu Deus fazei que eu me sinta melhor das dores de cabeça, que eu feche o negócio de petróleo, que não morra amanhã…e tantos outros wishful thinking….
A terceira tem a eventual duração do efeito do calmante…
A quarta, para além de estarmos a sair do inverno, é cara para ser boa, e não tenho a certeza que me apeteça.
A sexta, é de longe a mais pragmática, mas não alivia nem tira a tristeza.
Daí que a música, o tal silêncio que parece improvável com o som tremendo da voz do Pavarotti, e uma noite bem dormida talvez me ajudem.
Não faço esta declaração to "Whom it may be concerned", para me queixar ou pedir compaixão: faço-a como cidadão deste mundo, num tempo cronológico preciso, de aqui e hoje.
E as estrelas são minhas testemunhas
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