O PENINHA E A POSSE DO PRESIDENTE MARCELO
Peninha não foi convidado para ir à posse, mas como é penetra vai tentar estar presente.
Gizou
o seguinte plano: vai alugar no guarda-roupas Anahory, à Rua da
Madalena, um traje de Simão Bolívar, que eles lá têm para o teatro.
Depois
cola um bigode no buço, tisna a tez e pinta as sobrancelhas. Com voz
gutural começa a falar venezuelano e apresenta-se na entrada dos
Embaixadores, no Parlamento.
Está certo de que vai resultar.
Lá
dentro e na galeria dos diplomatas, vai tentar sentar-se ao lado do
Embaixador dos USA e em sottovoce vai deixar cair: - man, convida-me
para um almoço e eu digo-te como despachar o condutor de buses. Cairá de
maduro!
Está certo também de que vai resultar.
No intervalo
vai-se aproximar do Embaixador da Rússia e dirá em puro ucraniano:
queres a Crimeia sem problemas, pois eu sei como comprar o Trump! Quero
uma continha em dólari, nada de rublos e repartimos entre o Putin, tu e
eu.
Está certo de que igualmente vai resultar.
Finalmente, a
caminho dos cumprimentos, ao cruzar-se com o Embaixador da Coreia do
Norte, logo lhe sussurrará: - camarada, tenho a solução para o teu país.
O restaurador Olex conspurcado com picada de Zica, é fatal e indolor.
Na fila para os cumprimentos, chegada a sua vez, ao estreitar Marcelo nos seus braços, diz-lhe enternecido:
- Auguri, auguri, si non e vero e ben trovato.
Nesse
instante os guardas da revolução prendem Peninha como conspirador
internacional e remetem-no para Rilhafoles, aonde no dia seguinte será
Napoleão Bonaparte.
Diz quem com ele convive no hospício, que é um homem feliz, pois há uma miríade de personagens a incarnar a cada dia.
Todos se perguntam, porém, quando chegará a vez do Don Quijote….
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário