Duas palavras tão
diferentes, no entanto tão complementares. No sentido do meu título, eu
definiria “fidelidade da amizade” sob duas perspectivas: a de quem beneficia e
a de quem pratica.
Começo por quem, sem
sentir directamente os efeitos admiráveis e regeneradores da fidelidade da
amizade, pois na maioria dos casos trata-se de momentos em que o visado está
ausente, vem a saber a posteriori que
apesar de tudo alguém não julgou, não acreditou, não aceitou difamar e
prejudicar a imagem e sobretudo, com firmeza e lealdade, defendeu o bom nome e
estancou a hemorragia da calúnia.
Esta é a obrigação moral
das mulheres e dos homens virtuosos, daqueles que têm carácter e bondade no seu
coração, de quem se distingue dos outros a quem a inveja, a intolerância e a
raiva cega de magoar, lhes cria ímpetos desumanos e instintos mesquinhos.
Estas corajosas atitudes
provocam gratidão, tranquilidade de espírito, segurança e vontade de
reciprocidade nos sentimentos bem como de entrega generosa e incondicional ao
outro.
Já quem exerce esta
nobre missão de resistir ao rumor torpe, reagindo construtivamente e
desmantelando o boato miserável e insidioso sobre o outro, tem o estatuto de prégador da concórdia, defensor da verdade e acima de
tudo revela uma elevação notável e difícil de ir encontrando nos tempos que
correm.
Tem-se dito que não há
que sofrer pelos ditos injuriosos e atentatórios da boa fama de cada um, e que
é mister ignorar, mas importa afirmar que sem a fidelidade da amizade, a dor seria
mais profunda e solitária.
Os Amigos são para as
ocasiões, sejam elas boas ou más e é de como se actua nos momentos difíceis que
se apura o grau de fidelidade e amizade.
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