sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Rendas indiscretas


Ainda tenho as florinhas inquietas,
Que beijaram os teus seios pequeninos,
Através dessas rendas indiscretas,
Sob entremeios brancos e tão finos!

Flores que dos teus lábios coralinos
Ouviram confidencias tão secretas,
E que teus dedos brancos, peregrinos,
Deitaram fora... Pobres Violetas!

Perdidas pela sala e desatadas,
Encontrei-as, as pobres, requeimadas,
Ainda cheias desse teu encanto!
Mas tão inquietas e viçosas
As que olharam os teus seios, vergonhosas...
Reviveram nas águas do meu pranto.

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