segunda-feira, 30 de novembro de 2020

O PENINHA REGRESSA DOS USA

 


O PENINHA REGRESSA DOS USA


O Peninha esteve agora nas eleições presidenciais nos USA a trabalhar em Newark como repórter do Correio da Manhã.


Alojou-se em casa de um primo emigrante ( Newark é composta quase na maioria pela comunidade portuguesa) o Zé Bacalhau, que tinha um armazém de importação do dito cujo para a América.


O Peninha conseguiu este tacho de repórter do CM durante o período eleitoral, pois durante meses, desempregado e vivendo no Senhor Roubado, rondava as saias da Cremilde, a secretária do técnico de recursos humanos do CM.


A partir de certa altura passou da fase de rondar as saias para uma convivência física com a Cremilde, co-habitando com ela na Alfama.


A Cremilde tinha uns largos seios redondinhos e um nariz arrebitado que davam alguma graça a uma cara grosseira mas sempre arranjada e pintada.


Usava jeans para ir trabalhar e seguramente o número de cintura escolhido fora propositadamente rebaixado, deixando ver um rabão em forma de pêra, esprimido e saliente a um metro de distância.


A Cremilde em tempos passados agasalhou a carne do Director do CM e ganhou alguma influência sobre ele, pois apesar de terem rompido as relações ficaram para o sr. Arménio as recordações de suculentas noitadas passadas no seu apartamento com a Cremilde.


Fruto dessa influência, o Peninha conseguira obter um emprego no arquivo morto do CM. O salário era magro mas o Peninha era compensado na qualidade de vida diária por viver à custa da Cremilde e petiscar-lhe as carnes com uma frequência avassaladora.


Um dia escreveu um e-mail para o primo luso-americano, o Zé Bacalhau e perguntou-lhe se lhe dava guarida e alimentação em troca de ser o correspondente em Newark do CM para as eleições presidenciais.


Obtido o consentimento entusiástico do primo pois contava também ganhar com o "quiosque" para incrementar a venda do "fiel amigo", ajudou o Peninha, através da Cremilde, a conseguir o acordo do sr. Arménio para esse posto de correspondente do CM em Newark, tendo em conta que o CM só teria de pagar um bilhete de avião de ida e volta, sendo o resto das despesas por conta do Zé Bacalhau.


O Peninha ficou privado da fruição sexual do corpo sensual da Cremilde, mas o primo arranjou-lhe para o compensar, um namorico com uma sobrinha com contactos na Casa Branca, a Rose Perroux.


O Peninha comportou-se na primeira vez que a conheceu no leito como um verdadeiro garanhão português de puro sangue, apesar de se desconfiar da origem cigana dos antepassados o que no CM, falado à boca pequena, trouxera agruras ao Peninha no partido do Chega e em entrevistas falhadas com o André Ventura.


O desiderato de Peninha seria o de obter em exclusividade uma entrevista com o Trump e para isso contava com os apoios de Rose, que no passado tinha frequentado a Trump Tower como "camareira", no sentido literal do termo.


Rose fora depois do fartote do Trump em relação a ela, quem lhe apresentara a querida Melânia.


No início da campanha e numa vinda de Trump a Newark, Rose arranjara para o CM uma entrevista com o Presidente, mas que não poderia exceder duas perguntas e um retrato do Trump com uma gata!


O Peninha estava nervoso pois não falava inglês de todo em todo, excepto dois palavrões: "fuck" e " bye-bye son of a bitch".


Trump entrou apressado na sala de entevistas e estavam Rose e o Peninha, expectantes e cheios de entusiasmo.


Rose estava com o vestido côr-de-rosa com um generoso decote vendo-se os biquinhos dos seios e com uma saia muito curta e justa.


O Peninha tentou adivinhar o que poderia usar para impressionar Trump e pediu ao Zé Bacalhau para encontrar na comunidade portuguesa alguém que lhe emprestasse o traje de campino do Ribatejo de vara, barrete, colete e tudo.


Trump ficou pasmado ao olhar para o Peninha e entusiasmado perguntou a Rose se o jornalista era escocês!


Rose lá lhe explicou tudo mas Trump não fazia a menor ideia a que país pertencia o Ribatejo nem a que zona do mundo.


Trump estava apressado e tendo um dos assessores dito que o jornal que o Peninha representava só tinha direito a duas perguntas, ficou à espera que o Peninha as "xutasse"!


Fazendo-se valente e querendo provar a Rose que não precisava da sua ajuda, perguntou a Trump:


- like fuck?


Trump ficou agradado e desenvolveu toda uma teoria que deixou Rose encarnada de um rubor púdico falso.


Trump riu-se muito e Peninha gravava no seu gravador portátil a resposta para enviar mais tarde para a redacção do CM.


A segunda pergunta foi:


" you son of a bitch"?


Gerou-se uma enorme confusão na sala, Rose e Peninha foram agarrados pela segurança do Presidente e o FBI ainda identificou o Peninha, mas pareceu-lhes inofensivo o traje de campino. Já a vara ficou apresada pois consideraram-na uma versão rudimentar de arma de fogo susceptível de um atentado plausível.


Deram um pontapé no rabo do Peninha e à Rose uma palmada descarada nas nádegas e expulsaram-nos para a rua.


Em Portugal o sr. Arménio estava ansioso pela reportagem e o Peninha enviou-lhe tal como a gravara sem perceber pinta do conteúdo, escondendo cautelosamente de como foi vestido, pois tinha a certeza que essa teria sido a razão de tanto escarcéu.


O sr. Arménio percebia inglês e ficou deliciado com a resposta detalhada e porca de Trump à primeira pergunta. Seria, seguramente, uma caixa do CM.


Quando ouviu a segunda pergunta e se deu conta das consequências para a boa reputação do CM, apagou-a e meteu a gravação da primeira pergunta numa gaveta como um "manual" de bons conselhos.


Em consequência desta experiência o Peninha foi posto na rua do CM mas continuou a deleitar-se com a Cremilde que ignorante do idioma da Albion, achou que tinha sido pura inveja do sr.Arménio.

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