quarta-feira, 24 de maio de 2017

O facebook



Quando se trata de assuntos sérios e importantes que se relacionam com Estados, guerras, decisões políticas ou económicas é desolador ler os comentários do cidadão comum que na maior parte dos casos não só não é versado na matéria ou é um enraivecido partidário de um lado ou de outro. A reflexão, a correcta informação, o due diligence sobre quem afirmou, o quê e quando é tábua rasa. Por isso o facebook que tristemente vai perdendo a cada dia os personagens categorizados, com provas dadas e uma vida profissional ou de cidadania conhecida, deixa a escória da população imbecil, sem opinião e "maria-vai-com-as-outras", emocional e irracional à primeira vista, tantas vezes limitando-se a pôr likes ou a repetir o que outros já disseram mas sem chama ou através de vulgaridades, reinando no povoado.
Para não falar da feira das vaidades tão comezinha e estulta em que as pessoas não se vêm ao espelho ou não fazem a menor ideia de que não interessa para nada o que estão a comer ou a fazer dentro da esfera privada.
Graça e humor, criatividade e educação, respeito cívico, linguagem apropriada e correcta e sobretudo discrição poderiam ser um meio para aproximar esta aldeia que é Portugal.
Vejo que as pessoas não têm coragem de dar a sua opinião fundamentada por que estão de acordo ou contra qualquer tema ou debate ou susceptíveis de rectificarem as suas opiniões.
Por isso temo que um dia se apague o facebook e esta oportunidade de união entre os cidadãos em quererem participar mais na vida comum, pois é um instrumento rápido de acesso a informações globais e nacionais.

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