sexta-feira, 26 de maio de 2017

O dia do vizinho

O DIA DO VIZINHO

Lá no Senhor Roubado aonde moro, foi uma animação quando cheguei ao meu tugúrio. Dia do bizinho!
Foi um apertar de mãos e beijocas, abracinhos e tudo.
Mesmo à ranhosa da d.Mécia que me vende o peixe que vem já mal congelado e tresanda a pôdre.
Ao Vítor do talho foi com custo que lhe estendi dois dedos. Imaginem que apanhei o marafado a esquartejar um cavalo russo nas traseiras e cuja carne vende como de vaca japonesa kobe se tratasse!
Á Celeste florista foram sentidos os meus dois beijos, pois vende-me sempre flores frescas para as garinas que ando a galar.
Meteu sardinhada e churrasco de que venho a chegar. A d.Felismina da taberna tem dedo de fada a grelhar a carne e apesar de ir soltando uns palavrões quando se queima, é boa criatura. O Lopes da papelaria sempre trombudo hoje distribuía confettis chineses por todos.
Quem me faz sempre muita comoçãozinha é a lépida da Dina que está cada vez melhor. Não fora eu morar ao lado da garagem do pai, que me arranja o Taunus, já a tinha levado a ver a lua à Póvoa de Santo Adrião.
Mas que boa ideia a do dia do bizinho!

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