sexta-feira, 12 de maio de 2017

Fátima



 


IDA A FÁTIMA

Durante muitos anos fui no dia 12 de Maio a Fátima para participar na Procissão das velas e demais celebrações, bem como ficar para o dia seguinte.

Seguia atrás do andor como Membro da Ordem de Malta e por isso dava a volta ao Santuário, cantando e rezando.

Depois passei para o meio da esplanada, pois a pompa e a circunstância não se coadunavam mais com o espírito de peregrino que me levava a Fátima.

Ultimamente e quando me apetece vou no meio da semana, longe da multidão, sentar-me na Capelinha e ali fico no sossego do silêncio participando, quando há, nalguma oração comunitária.

Sempre me comoveu a procissão das velas e no dia 13 o adeus à imagem que vinda do altar-mor no fim das celebrações é despedida por milhares de lenços brancos a cantarem o adeus.

Claro que são momentos em que os sentidos ficam mais apurados e são contagiados pela emoção colectiva. São fenómenos conhecidos de que não me envergonho. São uma espécie de catarse necessária que limpa meses ou anos de empedernimento, falta de choro e desfaz no coração alguns espinhos mais teimosos em o deixar bater sem limitações.

Porém tudo isto é muito bonito mas quando se volta e se mergulha no dia-a-dia é aí que devemos pôr em prática a conversão interior na dedicação aos outros, a começar pelas nossas famílias.

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