Arménio, levantara-se cedo, como aliás todas as manhãs de Domingo. Nos outros dias o seu turno na fábrica era o da noite, por isso andava ao contrário de toda a gente e dormia até ao meio-dia.
Mas hoje,
vendo o dia glorioso que estava, toca de pôr a sua camisola de algodão
sem mangas, de alças, e umas calças de pano crú que tinha comprado, há
anos, na loja do sindicato. Sandaleca nos pés, e ala que aí vai para a
pesca.
A esposa, a d. Maria, ficava sózinha na lida da casa e passava o Domingo a trabalhar.
Uma vizinha, a d. Perpétua tinha uma filha que estudara na Faculdade e que quando vinha a casa, contava que passava o tempo em manifs, a lutar pelos direitos das mulheres.
Já tinha influenciado a mãe e a d. Perpétua passava o tempo a dizer: - d. Maria, a senhora revolte-se, ele que a ajude e que não desande para a pescaria e lhe dê descanso também! As mulheres têm que protestar desta vida de escravas.
d. Maria, sorria, e nada dizia, mas no seu íntimo achava que a vizinha tinha razão. Durante a semana tinha várias casas de senhoras, aonde servia e limpava e chegava à noite arrasada de cansaço.
Arménio voltou bem disposto: tinha pescado um grande sargo que iria cozinhar numa patuscada com os amigos. Tinha guardado um garrafão de carrascão tinto, comprado na cooperativa para as grandes ocasiões e ia celebrar a pescaria.
d. Maria, perguntou-lhe: - Arménio esse peixe é para nós?
- Claro que não. é para comer com o Nelson, o Hélder, o Hernâni e parece que vai também a Dulce para o cozinhar - disse ele.
- Mas tu não vês que fico sòzinha e que nem ao menos posso comer o que pescaste? - disse d.Maria, triste e pela primeira vez, com uma voz de crítica.
Arménio, pegou no peixe que ainda pingava e deu-lhe na cara, atirando-a para o chão, dorida e com um vergastão na face. Ouviu-se um choro baixinho e Arménio, disse, num vozeirão:
- Olha, olha, já a formiga tem catarro!
Quando regressou à noite, Arménio ficou muito admirado por ver à porta de sua casa um carro da polícia.
Foi levado para a prisão e soube no cárcere que tinha sido a Isabel, filha da vizinha d. Perpétua, que era deputada que tinha participado e feito queixa.
Ia parar com os ossos ao xelindró durante três anos.
Conclusão: não batas às mulheres, nem com um peixe...ahahahah
A esposa, a d. Maria, ficava sózinha na lida da casa e passava o Domingo a trabalhar.
Uma vizinha, a d. Perpétua tinha uma filha que estudara na Faculdade e que quando vinha a casa, contava que passava o tempo em manifs, a lutar pelos direitos das mulheres.
Já tinha influenciado a mãe e a d. Perpétua passava o tempo a dizer: - d. Maria, a senhora revolte-se, ele que a ajude e que não desande para a pescaria e lhe dê descanso também! As mulheres têm que protestar desta vida de escravas.
d. Maria, sorria, e nada dizia, mas no seu íntimo achava que a vizinha tinha razão. Durante a semana tinha várias casas de senhoras, aonde servia e limpava e chegava à noite arrasada de cansaço.
Arménio voltou bem disposto: tinha pescado um grande sargo que iria cozinhar numa patuscada com os amigos. Tinha guardado um garrafão de carrascão tinto, comprado na cooperativa para as grandes ocasiões e ia celebrar a pescaria.
d. Maria, perguntou-lhe: - Arménio esse peixe é para nós?
- Claro que não. é para comer com o Nelson, o Hélder, o Hernâni e parece que vai também a Dulce para o cozinhar - disse ele.
- Mas tu não vês que fico sòzinha e que nem ao menos posso comer o que pescaste? - disse d.Maria, triste e pela primeira vez, com uma voz de crítica.
Arménio, pegou no peixe que ainda pingava e deu-lhe na cara, atirando-a para o chão, dorida e com um vergastão na face. Ouviu-se um choro baixinho e Arménio, disse, num vozeirão:
- Olha, olha, já a formiga tem catarro!
Quando regressou à noite, Arménio ficou muito admirado por ver à porta de sua casa um carro da polícia.
Foi levado para a prisão e soube no cárcere que tinha sido a Isabel, filha da vizinha d. Perpétua, que era deputada que tinha participado e feito queixa.
Ia parar com os ossos ao xelindró durante três anos.
Conclusão: não batas às mulheres, nem com um peixe...ahahahah
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