quinta-feira, 1 de setembro de 2016

A ociosidade perversa da meia-idade


Hoje comecei bem cedo com compromissos em várias empresas. Fui, umas vezes a pé e outras de metro e finalmente agora de carro.

Fiquei impressionado com uma série de homens, sobretudo, desde os quarenta e tais a mais velhos, ociosos, com um ar crispado, e sem destino.

Os aparentemente mais enquadrados estavam nas esplanadas a ler jornais.

Muito tempo livre, gente válida a maioria seguramente, deixando problemas para trás, em casa, com as famílias, num estatuto de vida de parca qualidade, sem dinheiro para as mais elementares necessidades : comprar livros, ir a espectáculos, viajar, transitar de uma actividade mais ou menos intensa, para um aproximar da velhice com dignidade e com o justo aproveitamento das respectivas capacidades.

Nenhum governo nem partido político pensa nisto.

Tenho ideias a propor.

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