Sentiu um frémito pela espinha abaixo e ouvindo a vizinhança a sair
aos gritos, pôs uma blusa e enrolando-se numa bandeira nacional comprada
no chinês, saiu a chinelar para a rua. Não era o Terreiro do Paço, mas
era a praça Catarina Eufémia, na Cuba. Não quis ficar atrás da Idalina,
que apesar das cruzes, guinchava e saltava como uma cabrinha. Frases
bentas, palavrões dos gordos, gestos com os dedos, cabelos desgrenhados e
oleosos, os olhos fora das órbitas, ouviu-se um grito rouco em
uníssono:
- Viva o Sr. Regedor!
( de um extracto de um romance de cordel no prelo cujo título pode vir a ser " Linda de Suza, revisité).
sexta-feira, 8 de julho de 2016
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