DEVIA PODER PEDIR-SE O DIVÓRCIO POLÍTICO ENTRE AS PESSOAS
Isto
de se comentar publicamente as actuações de políticos ou de governos, de
banqueiros ou de sindicalistas, de partidos e até de pessoas requer que
se tenha prudência, verdade, serenidade, perspicácia e independência.
Tantos outros requisitos são necessários, mas fiquemo-nos por estes e já
não iremos mal servidos.
A vida em sociedade cria inevitavelmente diferenças entre as pessoas pois ninguém é parecido com ninguém, e por isso as discordâncias em relação aos comportamentos são naturais.
Há
por isso um conjunto de normas desde tempos imemoriais, apelidados por
uns de direito positivo e por outros de direito divino, que regulam a
coexistência entre os seres humanos e na sua vida gregária.
São as
conhecidas normas de conduta básicas – não matarás, não roubarás…etc – e
delas derivam muitas outras que se têm vindo a adaptar ao tempo e ao
modo ou seja ao progresso e à cultura de cada povo.
Há no entanto
um princípio que para mim é vital, sagrado e irrenunciável que é o da
liberdade. Não há regime político que se possa arrogar de coartá-la ou
limitá-la.
Numa subsecção da liberdade há um conceito e prática de enorme importância - a liberdade de expressão, de livre opinião.
Nas
relações pessoais há que saber olhar com imparcialidade para os outros,
respeitando o seu direito de errar até podermos emitir juízos de valor,
ou seja julgar. Muito mais se poderia dizer, mas hoje não é este o meu
mote.
Refiro-me ao que enunciei no início: os comentários públicos sobre a vida das nossas sociedades civis.
Acontece
que Portugal está neste momento a atravessar uma fase difícil de
ajustamento a um novo figurino político e com novos agentes políticos.
Não
seria salutar, ESPERAR antes de criticar e destruir o que se pretende
fazer? Serve de alguma coisa exprimir sempre de modo negativo opiniões,
só porque se é de outra côr política? Eu penso que não.
Deveria poder pedir-se o divórcio político entre as pessoas, sem ter efeitos na esfera jurídica pessoal de cada um.
Amigos
e amigas que no campo político estariam definitivamente divorciados sem
que fosse obrigatório que no campo da amizade, do sexo e das relações
profissionais se apartassem os corpos, as mentes e os contratos de
trabalho.
Eu já teria muitos e muitos divórcios afichados…de fichas ou seja elencados em listas negras…ahahahahah
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