domingo, 4 de maio de 2014

Dia da Mãe - Hugging the shadow

Esta história de comemorar dias de celebrações especiais só me atrai quando se referem a estados presentes.

Naturalmente e ainda bem que existem muitas Mães vivas e para essas os filhos devem ter, especialmente hoje, palavras, atitudes e gestos de ternura e presença.

Para quem, como eu e muita gente, já tem Mães que morreram, torna-se um dia estranho.

Não está cá, não a sinto…caramba deixem-se de tretas..ir ao cemitério ou olhar para uma fotografia ou um quadro…não é a mesma coisa e depois mergulhar no subconsciente é tão difícil para se ser bem sucedido e conseguir fazer uma viagem até às memórias felizes do passado.

Por isso é que a palavra saudade, intradutível em outras línguas tal qual a usamos por cá, acaba por ser a única emoção que sinto neste dia…um vago sentimento de perca, de sensação de tontura e de dor, o desejo de ver o tempo andar para trás…

Escolher que momento desse tempo? Se tivemos uma boa Mãe, terá havido tantos momentos felizes para relembrar…

Vida tão incompreensível por vezes ou quase sempre se conseguirmos pairar por uns momentos por cima do vórtice e turbilhão dos acontecimentos que nos solicitam a cada dia e quisermos meditar sobre a sua valia…até à morte!

Se gostamos de alguém e nos sentimos bem e se esse quidem nos é tirado, qual a razão…deixem-se de teorias fantasiosas de explicações….

Gozemos o sol de cada dia, pois ao contrário dos comunas, sou dos que acha que o sol não brilha para toda a gente…

Veja-se a título de exemplo, aliás redutor, pela amplitude da sombra que paira sobre tanta gente, o caso da Ucrânia e da Síria…

Malgré tout, gozem bem as vossas Mães que é um tesouro inigualável. I miss mine, so much!

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